O presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), conselheiro Renato Rainha, se manifestou através das redes sociais na manhã desta segunda-feira (11), para fazer críticas, aos “muros” que foram colocados na esplanada dos ministérios para separar os manifestantes “pró” e “contra” o impeachment.

Segundo Rainha que já foi delegado de polícia, o isolamento por pedaços de madeiras ou ferro põe em risco a segurança dos manifestantes, podendo servir como arma “branca”, contra outros manifestantes e até mesmo contra os próprios policiais.

A esplanada está totalmente cercada por um muro de chapa de aço que vai desde a rodoviária, até o Congresso Nacional. A barreira metálica tem cerca de 2 metros de altura, e no meio existe um corredor de 80 metros, exclusivo para as forças de segurança.

Alguns manifestantes já estão pichando a cidade com frases tipo: “muro de Berlim”, “muro da vergonha” e “muro do apartheid”. A Secretaria de Segurança Pública do DF, fez reuniões com os grupos pró-governo e a favor do impeachment, ratificando que não serão permitidos balões aéreos e nem bonecos infláveis, como o famoso “pato” e o “pixuleco”.

Nesta segunda começam a chegar a Brasília, os grupos prós e contra o impeachment da presidente Dilma. Alguns manifestantes estão acampados no parque da cidade, que fica a 5 km da esplanada dos ministérios, enquanto outros grupos estão nas proximidades do teatro nacional de Brasília.

Veja na íntegra o que disse o presidente do TCDF:

“Quero fazer um alerta como cidadão e como ex-profissional da área de segurança pública. Vi que o “muro” erguido para separar os manifestantes é apoiado por pedaço de madeira ou ferro. Sabemos que o objetivo é impedir que manifestantes, de um lado e do outro, nem cheguem perto do muro. Esse isolamento deve ser feito, provavelmente, por uma barreira feita por policiais militares. Ocorre que essa barreira de isolamento pode ser rompida em razão de alguma confusão e os manifestantes terão, em razão disso, a possibilidade de retirar essas hastes de sustentação do muro para serem usadas como armas (branca ) contra os outros manifestantes e até os próprios policiais militares . Todo cuidado deve ser tomado para garantir que brasileiros que pensam de forma diferente possam manifestar sua posição política com segurança”.

Da Redação do Agenda Capital

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