Esplanada dos Ministérios. Foto: Matheus Brito

George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi detido no sábado (24), com arsenal dentro de apartamento. Segundo polícia, ele é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e ato teve ‘motivação ideológica’.

Por Redação

A prisão no sábado (24), véspera de Natal, do homem suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível em Brasília aumentou o clima de tensão em torno da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorrerá no dia 01/01/2023.

Aliados e petistas do futuro mandatário e autoridades do país temem novas tentativas de terrorismo e dizem que aumenta a pressão para a desmobilização do acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no QG do Exército, na capital federal, a poucos quilômetros da cerimônia de posse.

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse a reportagem que a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve ter reforço no esquema de segurança após a ameaça de uma bomba na capital federal.

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que irá rever os procedimentos para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Irei propor que o Procurador-Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas”, escreveu Flávio Dino.

A ideia discutida no governo de transição é de que o reforço seja realizado pela Polícia Federal, que já vinha programando escalar mais de 700 agentes para garantir a segurança da cerimônia de posse, no próximo domingo (1º).

O futuro ministro disse que a programação da cerimônia, no entanto, deve ser mantida como inicialmente estruturada pelo governo de transição e pela futura primeira-dama, Rosângela Silva.

Bolsonaro não se manifestou sobre o episódio e apenas postou uma mensagem de Natal nas redes sociais. Já autoridades envolvidas na cerimônia do dia 1º de janeiro falam na necessidade de revisão dos planos e reforço do policiamento diante do cenário.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu o suspeito no sábado (24/12), como antecipou o Agenda Capital. No depoimento ao qual a reportagem teve acesso, George Sousa disse ser bolsonarista e participou do acampamento no QG do Exército.

O caso aumentou a pressão sobre o Exército, que vem sendo há semanas cobrado para desmobilizar os manifestantes. Ministros do Supremo fazem parte dos que defendem a imediata desocupação do local.

De acordo com integrantes da alta cúpula da força, há intenção de desmontar a estrutura do local até o próximo dia 30. Na condição de anonimato, eles dizem que ainda haverá gente lá no dia da posse, mas o acampamento estará quase 100% desmobilizado.

Integrantes do Exército passaram a desmontar barracas, mudar permissão para estacionamento e proibir trio elétrico no local há cerca de 15 dias. Segundo um general ouvido pela nreportagem, o feriado do Natal foi importante para garantir que alguns voltassem para suas casas.

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