TRE fluminense explicou que objetivo é coletar digitais para incorporar as informações ao sistema eleitoral posteriormente; mesmo que cadastro não dê certo, eleitor pode votar normalmente com um documento com foto.

Por Redação 

Eleitores de diversas cidades do País têm relatado a ocorrência de filas nas seções eleitorais. A demora tem sido atribuída à coleta de dados da biometria, que ainda não é obrigatória em todos os municípios. 

Pela manhã, brasileiros enfrentaram longas filas, com até quase 3 horas de espera em alguns casos, como no Distrito Federal, flagrantes de boca de urna e prisões ao longo do dia. Ao todo, são 156,4 milhões de eleitores aptos a votar. Essa é a nona eleição para presidente desde a redemocratização.

Em Campinas, na Escola Estadual Coronel Firmino, a lentidão provocou espera de várias horas entre os eleitores. Na capital paulista, eleitores de bairros como Indianópolis, Higienópolis e Santa Cecília reclamaram do tempo de espera, mas em menor grau. O problema também tem sido visto em outros Estados.

Eleitores que não têm a biometria cadastrada podem votar apenas apresentando um documento, mas mesários têm solicitado a coleta da digital mesmo para quem não possui registro anterior, o que tem deixado alguns eleitores confusos e aumentado a espera nas seções eleitorais. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), além da questão da biometria, a falta de “cola” para os números dos cinco candidatos que deveriam ser escolhidos – deputados federal e estadual, senador, governador e presidente – também influenciou na demora, assim como o alto comparecimento de eleitores às urnas.

Em São Paulo, o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Claucio Corrêa, afirmou que as filas registradas no primeiro turno das eleições estavam “dentro da programação” da corte eleitoral. “Biometria não é um meio ágil de votar, é um meio seguro de votação”, disse.

No Rio de Janeiro, o TRE do Estado explicou que conduz uma validação de dados biométricos. A ideia é aproveitar a concentração de pessoas para validar digitais de cerca de 1,8 milhão de eleitores fluminenses. A ideia é cruzar esses dados com as informações de outros serviços oficiais, como o Detran.

“A ideia é que todos os dados validados sejam incorporados a seguir no cadastro eleitoral”, disse o juiz auxiliar da Vice-presidência e Corregedoria do TRE-RJ, Rudi Baldi. A validação pode aumentar um pouco o tempo de mobilização do eleitor na seção de votação – por essa razão, o TRE já esperava filas um pouco mais longas neste domingo.

No entanto, o tribunal calculou um tempo médio de dez segundos para o procedimento, que inclui até quatro tentativas de validação dos dados biométricos por pessoa. “Na verdade essa é uma providência nacional. Ela alcança todos os Estados, todos os municípios”, explicou Baldi.

O TRE explicou ainda que quem não tiver já coletado nem validado os dados biométricos durante a eleição, terá oportunidade de fazê-lo junto à Justiça Eleitoral depois de encerrado o pleito deste ano.

A demora ocorre porque têm sido necessárias diversas tentativas de cadastro até que os dados sejam reconhecidos pelo sistema. Procurados, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE), e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não se pronunciaram sobre as ocorrências, e se estão ou não relacionadas à demora na identificação de digitais.

Com Estadão 

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