De acordo com a Polícia Civil do DF, servidores da Secretaria de Educação e familiares da professora também estão envolvidos no esquema.

Por Redação

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (18), uma professora aposentada da Secretaria de Educação por suspeita de fraudes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Os agentes também cumpriram oito mandados de busca e apreensão contra 10 investigados.

A Polícia Civil afirma que o esquema consistia em empréstimos bancários feitos em nomes de terceiros. Servidores do GDF facilitariam o acesso a contracheques para que a fraude fosse cometida (veja detalhes abaixo).

A reportagem procurou a Secretaria de Educação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

De acordo com as investigações, a professora aposentada liderava o grupo baseado em Brazlândia, no DF. A associação também era formada por familiares dos suspeitos e funcionários de bancos. O esquema movimentou cerca de R$ 32 milhões em 5 anos, aponta a Polícia Civil.

Os investigadores afirmam que a mulher era responsável pelo sustento do marido e dos cinco filhos. A família tem vários carros, imóveis no DF, e uma fazenda no Piauí, segundo a Polícia Civil. No entanto, o salário da professora aposentada é de R$9.433,34.

Como funcionava o esquema

  • uma pessoa com acesso ao sistema de pagamentos do GDF altera internamente, por um período curto de tempo, o salário bruto do beneficiário do esquema;
  • dessa forma, era possível enganar as instituições financeiras e gerar crédito acima da capacidade financeira do servidor ligado ao grupo criminoso;
  • documentações falsas eram usadas para conseguir os valores;
  • o esquema contava com o auxílio de funcionários de bancos, que cobravam juros abaixo do mercado nos empréstimos.

Segundo a Polícia Civil, os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e contra a administração pública. As penas podem chegar a 40 anos de prisão.

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Com G1/DF

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