Todos os prédios da Esplanada dos ministérios, em Brasília, estão sendo evacuados na tarde desta quarta-feira (24) após os ministérios da Agricultura e da Fazenda sofrerem um incêndio do lado externo.

Da Redação

Centrais sindicais e movimentos de esquerda de todo o país marcham em Brasília contra o presidente Michel Temer (PMDB) e as reformas da Previdência e trabalhista e pela convocação de eleições diretas nesta quarta-feira (24).

Durante o protesto, participantes do ato e Polícia Militar entraram em confronto. Foram disparadas bombas de gás e de efeito moral. A cavalaria da PM chegou a investir contra os manifestantes, que responderam jogando pedras e paus.

Chamado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e pelas centrais sindicais, a manifestação saiu do estádio Mané Garrincha e segue em direção ao Congresso Nacional.

Foto: reprodução

Os organizadores falam em mais de 100 mil pessoas. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal afirmou que até as 11h30 havia 25 mil manifestantes. O número estimado de ônibus que vieram de outros Estados é entre 500 e 600.

Policiais e manifestantes entraram em confronto na tarde desta quarta-feira (24/5) na Esplanada dos Ministérios. Mais de 25 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), estão no local para protestar contra as reformas propostas pelo governo federal e pedir a saída do presidente Michel Temer. A confusão começou quando manifestantes que estavam próximos à Alameda dos Estados, em frente ao gramado do Congresso Nacional, derrubaram grades que isolavam o local. A polícia então respondeu lançando bombas de efeito moral e gás de pimenta no grupo. Em seguida, os participantes do protesto passaram a lançar pedaços de madeira, pedras, garrafas e outros objetos contra a polícia. Eles também gritaram palavras de ordem contra a PM.

Foto: Ed. Alves – Correio

O clima no local ficou bastante tenso. O Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) e a cavalaria da PM agiram. Há registro de confrontos em ao menos três cordões de isolamento formados pela polícia. Os manifestantes derrubaram alguns banheiros químicos e se protegeram atrás deles.

Ainda não há um registro oficial, mas a reportagem flagrou ao menos duas pessoas feridas e uma sendo detida. Mesmo com toda a situação, os organizadores da marcha, em um carro de som, pediam para que as pessoas continuassem no local e gritavam que a “PM não tem o direito de acabar com o protesto”.

Houve uma tentiva de invasão à sede do Ministério da Fazenda. Alguns vidros foram quebrados e o prédio precisou ser esvaziado. Um incêndio começou no interior do Ministério da Agricultura.

O deputado Givaldo Carimbão (PHS-AL), que participa do ato, definiu a confusão como “lamentável” e pediu que os manifestantes reagissem dizendo “Fora, Temer”. “Estou aqui solidário aos trabalhadores que vieram dizer que o presidente da República não tem mais condições de governar o Brasil”, afirmou.

Foto: Minervino Junior/Correio

Outro deputado, Vicente Paulo da Silva, conhecido como Vicentinho (PT-SP), afirmou que já participou de outras marchas e que os trabalhadores “nunca foram tratados assim”. “A sociedade está acompanhando, está vendo e vamos estar juntos até o fim”, disse.

A deputada Érika Kokay subiu ao trio elétrico e pediu ao governador Rodrigo Rollemberg que a polícia não “tratasse mal os trabalhadores”. “Chega de brutalidade”, exigiu. Na rua, a polícia jogava bombas de efeito moral e avançava. Um carro do Corpo de Bombeiros apagava as barricadas criadas por manifestantes.

Temer convoca tropas federais

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou nesta quarta-feira (24) como “baderna” e “descontrole” os episódios de vandalismo e depredação em protesto em Brasília e solicitou reforço das Forças Armadas para controlar a situação na Esplanada dos Ministérios.

Em pronunciamento feito a pedido do presidente Michel Temer, o ministro disse que a manifestações “degringolou para violência, vandalismo, desrespeito, agressão e ameaça”.

Segundo ele, as tropas federais que estão neste momento no Palácio do Planalto e no Palácio do Itamaraty para os prédios ministeriais.

“O presidente ressalta que é inaceitável a baderna, o descontrole e que ele não permitirá que atos como esse venham a turbar um processo que se desenvolve de maneira democrática e em respeito às manifestações”, disse.

Temer assinou decreto em edição extra do “Diário Oficial da União” que autoriza o emprego das Forças Armadas até a próxima quarta-feira (31) para a garantia da lei e da ordem no Distrito Federal.

Da Redação com informações do Correio/Folha

1 COMENTÁRIO

  1. Cesar Machado Os deputados Givaldo Carimbão (PHS-AL),Vicente Paulo da Silva, conhecido como Vicentinho (PT-SP),Érika Kokay e o governador Rodrigo Rollemberg estavam defendendo estes terroristas. Resta saber até onde eles são responsáveis por tudo que aconteceu.

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