Foto: Reprodução

Em casa, boa parte dos brasileiros mudou alimentação, para o bem ou para o mal

Por Redação*

A pandemia do coronavírus não mudou apenas o jeito de a gente trabalhar e se relacionar. A nossa forma de se alimentar também sofreu uma transformação radical nos últimos meses.

Com restaurantes fechados ao público, quase todo mundo passou a fazer as refeições em casa. Até quem recorreu ao delivery, abrindo brechas para variações no cardápio, tornou-se mais dependente da comida de casa. Mesmo agora, com a flexibilização da quarentena e o retorno gradual ao trabalho, nada indica que a situação vá mudar tão cedo neste quesito.

Em muitas cidades, os restaurantes ainda deverão demorar algumas semanas para reabrir – e, quando o fizerem, provavelmente o esquema será bem diferente, com maior distância entre as mesas e outras medidas de proteção aos clientes. É provável também que boa parte da clientela potencial, ainda temerosa do contágio, continue a comer mais em casa, fazendo pedidos ocasionais pelo delivery. O melhor, então, é se acostumar ao “novo normal”, cuja duração é difícil prever no momento, e tirar o melhor proveito disso. 

Ansiedade. A questão é que nem sempre comer em casa é sinônimo de uma alimentação de melhor qualidade e mais saudável. Muitas vezes, estar em casa acaba sendo uma espécie de passaporte para todos os tipos de excessos.

“As pessoas estão há muito tempo dentro de casa e muitas vezes acabam descontando a ansiedade na alimentação”, diz Marcia Nacif Pinheiro, professora do curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

“Quando a gente está em casa e há muitos alimentos disponíveis, fica fácil ir até a geladeira, até o armário, e beliscar o tempo todo. No trabalho, a gente tem horários específicos para se alimentar, tem a hora do almoço, às vezes um intervalo para um café, e consegue manter uma rotina mais rigorosa.”

Ainda não há pesquisas aprofundadas e com rigor metodológico sobre a alimentação na pandemia. Mas um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde no fim de maio aponta que quatro em cada dez brasileiros alteraram os hábitos de alimentação, para o bem ou para o mal. 

*Com informações do Estadão

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