Esplanada dos Ministérios. Foto: Matheus Brito

Na área econômica, Lula manteria Fernando Haddad no Ministério da Fazenda

Por Delmo Menezes

O presidente Lula (PT) demonstrou insatisfação com a atual composição ministerial de seu governo, desencadeando especulações sobre uma possível reforma ministerial na Esplanada. A notícia vem à tona em meio a um contexto no qual o presidente avalia que sua gestão está no caminho certo, porém, certas áreas enfrentam dificuldades em comunicar suas conquistas à população e em criar eventos políticos que destaquem suas realizações.

Consciente da importância da eficiência na comunicação e na visibilidade das ações governamentais, o presidente considera a necessidade de ajustes ministeriais para otimizar os resultados de sua administração.

Pesquisas realizadas no mês de março por diferentes institutos, mostram oscilações negativas particularmente notadas em segmentos como os evangélicos e a classe média. Movimentos similares foram observados entre homens e eleitores do Sudeste. Essa tendência negativa na avaliação do governo Lula é observada mesmo após um ano e quatro meses de mandato. No ano anterior, não houve uma variação significativa na percepção sobre a gestão.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, entre os setores cogitados para reformulação estão os ministros palacianos que despacham diariamente com Lula, além das áreas social e econômica. As mudanças podem impactar significativamente a estrutura governamental, com possíveis remanejamentos de ministros e figuras influentes para novas posições.

No tabuleiro político, especula-se que o ministro Paulo Pimenta poderá ser transferido para a Secretaria-Geral, responsável pela interlocução com movimentos sociais, abrindo espaço para nomes como o deputado federal Rui Falcão ou o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, assumirem a Comunicação.

Outro ponto em destaque é a possível indicação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para o Ministério da Saúde, cargo que assumiu com desenvoltura no governo Dilma. Outra movimentação seria o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que retornaria ao Senado, abrindo caminho para a ex-ministra Tereza Campello assumir seu antigo cargo.

Na área econômica, Lula manteria Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, o que não é segredo pra ninguém, pois goza de prestígio junto ao presidente. A discussão também abrange a reorganização de instituições financeiras estatais, como o BNDES e a Petrobras, com possíveis mudanças em suas presidências para alinhar as estratégias de desenvolvimento econômico do governo.

No caso da Petrobras, a exoneração de Jean Paul Prates é dada como certa, pois tem confrontado o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seu lugar, assumiria Aloizio Mercadante, que deixaria a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social (BNDES).

É claro que tudo passa pelo crivo do presidente Lula, que deve bater o martelo ainda neste mês.

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Da Redação do Agenda Capital

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