Separatistas pró-Rússia assumem o controle da cidade de Volnovakha

Por Redação 

Nesta sexta-feira (11) a Rússia ampliou o bombardeio aéreo em toda a Ucrânia. Há cidades que ainda não estavam sob ataque, foram atingidas. Faz duas semanas desde o início da invasão, mas a resistência Ucraniana continua de pé. 

Imagens de satélite revelam que o cerco da capital, Kiev, se dispersou, com tanques buscando o abrigo de árvores para se proteger dos mísseis ucranianos, o que possivelmente explica a decisão de trazer os aviões. A situação mais grave é na cidade portuária de Mariupol, onde mortos se acumulam diariamente e os funerais deixaram de ser possíveis. Os corpos estão sendo enterrados nas trincheiras. Várias regiões do país informam que os estoques de alimentos estão chegando ao fim. 

Segundo o prefeito Vadym Boichenko, a cidade está “vivendo um Armagedom”, com ataques aéreos russos atingindo áreas civis a cada meia hora.

As negociações entre Rússia e Ucrânia mediadas pela Turquia não resultaram num cessar-fogo. A conferência entre o ministro do Exterior ucraniano Dmytro Kuleba e o russo Sergei Lavrov aconteceram sob o impacto do ataque a um hospital infantil e uma maternidade de Mariupol, classificado pelo governo de Kiev como prova de um genocídio. A despeito da falta de resultados práticos, o ministro do Exterior da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, avalia que o encontro pode ser o primeiro passo para uma reunião de cúpula entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelenski.

Em outra frente, o Conselho de Segurança da ONU aceitou o pedido da Rússia para uma reunião de emergência hoje. Os russos acusam os EUA de estarem financiando o desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia. Diplomatas americanos dizem que a acusação não tem fundamento e serviria para justificar o uso pelas próprias forças de Putin desse tipo de armamento. 

Uma cúpula da União Europeia, que se reúne em Versailles, na França, sepultou as chances de uma entrada rápida da Ucrânia no grupo. “Não há algo como um fast track”, verbalizou o premiê holandês Mark Rutte. Há uma divisão entre Ocidente e Oriente. Liderados pela Polônia, os países do Leste europeu pedem sinais mais fortes do colegiado de chefes de Estado em favor da entrada da Ucrânia. 

Putin reage as sanções 

O presidente russo Vladimir Putin reagiu às sanções econômicas impostas à Rússia ameaçando nacionalizar e confiscar os bens de empresas estrangeiras que deixaram o país em represália à invasão da Ucrânia a fim de “preservar empregos”. Na narrativa do Kremlin, o objetivo do Ocidente é destruir a Rússia. “Não tenho dúvidas de que as sanções seriam impostas por algum motivo”, disse em entrevista à TV local.

Separatistas pró-Rússia assumem o controle da cidade de Volnovakha

KIEV – Separatistas apoiados pela Rússia capturaram a cidade ucraniana de Volnovakha, ao norte do porto de Mariupol, no Mar de Azov, segundo a agência de notícias RIA apurou com o Ministério da Defesa da Rússia. Volnovakha é estrategicamente importante por ser a porta de entrada do norte para Mariupol.

E pela segunda vez, em menos de uma semana, a Rússia atacou o Instituto Kharkiv de Física e Tecnologia, de acordo com um comunicado divulgado pelo governo ucraniano, no Telegram.

O instituto abriga uma instalação nuclear para pesquisa científica e produção de isótopos médicos. A extensão dos danos não ficou imediatamente clara.

Depois que o prédio foi danificado por um ataque de míssil na semana passada, especialistas disseram que o risco de partículas radioativas serem liberadas parecia ser baixo, embora fosse difícil avaliar completamente o perigo.

Com Agências Internacionais 

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