Parlamentar lançou candidatura para presidir a Câmara há duas semanas pelas redes sociais, mas não teve apoio total do partido e nem do Planalto. Rosso aguardará decisão do STF sobre candidatura de Rodrigo Maia
Por Delmo Menezes
O Deputado Federal Rogério Rosso (PSD-DF) anunciou nesta quarta-feira (25) que vai suspender sua campanha para a presidência da Câmara, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre a candidatura do seu concorrente Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara.
De acordo com Rosso, “não saio nem continuo fazendo campanha, vou sobrestar porque tenho confiança que o STF vai fazer o devido controle constitucional em tempo”, disse o parlamentar do DF. Na prática, ele segue como candidato, mas interrompe as atividades de campanha.
Nos bastidores comenta-se que caso Rosso desista definitivamente da sua candidatura, deverá apoiar o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), um dos seus concorrentes, que pertence ao grupo chamado “Centrão”.
Na semana passada, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deu ao atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prazo de 10 dias para ele se manifestar sobre uma ação movida pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE). O prazo começou a contar no dia 19, quando a Câmara recebeu a notificação.
O candidato apoiado pelo Planalto, Rodrigo Maia, oficialmente ainda não lançou sua candidatura à presidência. Seus concorrentes argumentam que a Constituição do país e o regimento da Câmara não permitem que o presidente seja reeleito para um novo mandato dentro da mesma legislatura.
A decisão de Rogério Rosso veio um dia após a decisão de seus colegas de bancada, anunciarem oficialmente apoio à reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Rosso disse que a presença de Maia na disputa, traz insegurança jurídica para as atividades da Câmara. O deputado tem dito em diversas entrevistas, inclusive ao Agenda Capital, que caso o Supremo se manifestar no sentido da possibilidade constitucional da candidatura de Maia, que ele retiraria sua candidatura.
Em entrevista semana passada ao Agenda Capital, o ex-governador do DF, disse confiar na Constituição. “Minha candidatura foi lançada pela bancada e pelo partido no final do ano passado e todos imaginavam que a constituição seria respeitada e a possibilidade de recondução do mesmo presidente fosse naturalmente descartada o que de fato não ocorreu”, disse o parlamentar.
Da Redação do Agenda Capital
