Câmara Legislativa do DF (CLDF). Foto: Reprodução

Nome de Paulo Ricardo Silva foi aprovado para o Instituto nesta quinta-feira (19) na Comissão de Educação, Saúde e Cultura da CLDF. Ele promete mais transparência nas novas contratações

Por Redação*

Deputados distritais sabatinaram Paulo Ricardo Silva, indicado pelo governo de Ibaneis Rocha (MDB) para a Presidência efetiva do Iges-DF, na Comissão de Saúde, Educação e Cultura (Cesc). O nome de Paulo Ricardo foi aprovado pelos parlamentares. Antes da eventual nomeação, a indicação deverá passar por votação no plenário da Câmara Legislativa (CLDF). Caso seja nomeado, será o terceiro nome à frente do instituto no atual governo. A avaliação final será do Plenário da CLDF na próxima semana.

Durante a sabatina, que durou mais de duas horas, Paulo Ricardo confirmou que servidores estatutários da Secretaria de Saúde serão devolvidos para a Pasta e novos profissionais serão contratados para ocupar os cargos vagos.

“Foi uma demanda da SES a devolução dos servidores já que, até o fim de 2021, a secretaria não pode nomear novos servidores e há áreas descobertas. Por isso, os estatutários serão substituídos por contratações via CLT”, informou Paulo Ricardo.

De acordo com o distrital Jorge Vianna (Podemos), servidores públicos cedidos ao Iges deverão ser devolvidos para a Secretaria de Saúde DF. Pelas contas do parlamentar, serão, aproximadamente, 3 mil profissionais em diversas áreas administrativas e de tratamento de pacientes.

Nem todos os cerca de 3 mil servidores serão devolvidos. Uma série de critérios e especialidades serão analisadas para definir quem voltará para a estrutura da SES e quando.

“Nós vamos conversar com os servidores de forma a aproveitar e remanejar para próximo da residência, evitando maiores contratempos. Mas não queremos que seja nada traumático e daremos transparência a todo esse processo”, completou.

Questionado pelos deputados sobre as denúncias de não respeito à ordem classificatória do processo seletivo e apadrinhamento, o interino do Iges-DF ressaltou: “Não queremos ser confundidos com o Instituto Candango”, fazendo referência ao instituto que ficou marcado pelas indicações por apadrinhamento.

Encargos trabalhistas

Paulo Ricardo falou sobre os encargos trabalhistas atrasados, admitiu que não houve pagamento e a nova gestão busca estratégias e parcelamentos para resolver a questão da dívida.

“Novos desligamentos já estão ocorrendo conforme a determinação da CLT e todas as verbas previstas estão sendo pagas. O mesmo vale para fornecedores, estamos auditando cada contrato e organizando os pagamentos”, apontou.

Recursos da SES

Questionado sobre a falência do Iges-DF, ele disse que assumiu sem saber a real situação das contas e demandas. Que a situação é difícil, há atraso no pagamento de fornecedores, faltam insumos e há fragilidades nos fluxos de compra.

Mas, tudo isso, segundo o gestor, será resolvido. “Estamos muito focados na elaboração de um plano de recuperação financeira e restruturação do modelo de gestão”.

Paulo Ricardo também contestou as notícias que falam sobre repasses além do contrato de gestão com a SES e disse que, além do valor mensal de R$ 82 milhões, o Iges-DF só recebeu valores para o combate à Covid-19, que estavam além do escopo.

Todos os recursos, segundo ele, foram utilizados corretamente para a compra de testes, insumos, liberação de 272 leitos e contratações de 1.700 temporários e estão sendo auditados pela controladoria interna e auditoria externa.

Terceirizações e EPIs

Diante da pergunta dos deputados sobre processos de terceirização e quarteirização dos processos, o interino concordou sobre a revisão de algumas contratações e disse que haverá revisão de algumas contratações.

“Estamos normalizando a situação que encontramos com a instalação de processos e equalização de fluxos, tudo isso com base no Compliance, na Controladoria interna criada e na Ouvidoria. Queremos que o Iges-DF seja refereência em critérios éticos e transparentes e faremos isso”, prometeu.

Ao ser questionado sobre insumos e compra de EPIs, Paulo Ricardo disse que está sendo implementado um controle de estoque qualificado para evitar compra de insumos sem necessidade e falta de outros.

“Agora teremos um painel que realmente controla o estoque, sabe o que está em atenção, o que tem sobrando, o que precisa e quando precisa ser comprado. Nossa intenção é evitar qualquer gasto desnecessário e desabastecimento”, pontuou.

Currículo

Paulo Ricardo Silva ocupa o cargo de diretor-presidente interino do Iges-DF. Já ocupou o cargo de secretário-adjunto executivo de Saúde do Distrito Federal e possui experiência em gestão, inclusive, no Ministério da Saúde, onde coordenou e dirigiu ações do Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde (Programa Mais Médicos). Pelo Ministério da Saúde, também participou da publicação da cartilha do Programa Mais Médicos.

*Com informações da CLDF/SindSaúde/Agenda Capital

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