Pessoas com máscaras de abraçam no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde foi confirmado primeiro caso do Covid-19 em Brasília. Foto: Adriano Machado / Reuters

Produtos estão sendo feitos na Penitenciária Feminina do DF

Por Redação*

Uma rede solidária de ajuda tem se formado durante a pandemia do coronavírus, para proteger os profissionais que atuam diretamente no cuidado das pessoas com Covid-19. Neste esforço, uma parceria foi construída entre as secretarias de Saúde e de Segurança Pública, para aproveitar a mão de obra de mulheres sentenciadas, com experiência em costura, na confecção de máscaras.

As internas trabalham na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), popularmente chamada de Colmeia. Até o momento, já produziram 1.700 máscaras, que foram distribuídas entre as unidades que mais necessitam. O compromisso firmado com a Secretaria de Saúde é de que 10 mil máscaras sejam confeccionadas para abastecer a rede. Elas possuem três camadas, sendo duas de TNT e uma de tecido com retenção bacteriana.

De acordo com a diretora da PFDF, Rita de Cássia, atualmente, 26 sentenciadas fabricam cerca de 300 máscaras diariamente. Pelo serviço, a cada três dias de trabalho, um dia da sentença é reduzido. “Acredito que nas próximas semanas seja possível chegar as 10 mil. Com o material filtrante doado pela Secretaria de Saúde, conseguiremos entregar essa quantidade ”, informou a diretora.

“Essa é uma ação que, além de contribuir com os esforços dos profissionais de saúde no combate a pandemia, atende a uma demanda crescente por máscaras na rede. Ao mesmo tempo, dignifica o trabalho das sentenciadas, que estão contribuindo ativamente para o bem-estar social”, elogiou o secretário de Saúde, Francisco Araújo.

INÍCIO – A ideia inicial na PFDF era fabricar alguns artigos que pudessem ser utilizados pelos servidores da Secretaria de Segurança Pública que escoltavam as custodiadas, durante o atendimento médico. As primeiras peças confeccionadas foram toucas, propés e capotes, utilizando as máquinas para produção na penitenciária, e a força de trabalho de 40 internas capacitadas em costura.

“Já tínhamos vontade de produzir máscaras nessa época, mas não tínhamos o material específico, que é o elemento filtrante. Buscamos contato com a Secretaria de Saúde para receber deles a orientação correta na fabricação, para que pudessem ser utilizadas tanto pelos servidores da Saúde como da Segurança Pública”, comentou Rita de Cássia.

Segundo a subsecretária de Logística, Mariana Rodrigues, além da Secretaria de Saúde fornecer o material filtrante para produzir as máscaras, também orientou quanto as especificações do produto, para ser confeccionado a partir de modelos já utilizados.

“Depois disso, eles adquiriram o restante dos materiais, como elástico e TNT. Como tinham máquinas para produção e pessoal capacitado, e disseram que as sentenciadas queriam ajudar de alguma forma nesse momento, foi uma parceria providencial”, comentou a gestora.

CONTINUAÇÃO – Assim que as máscaras forem concluídas, é estudado pelas duas pastas a possibilidade de as internas também produzirem outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde da rede pública do DF.

A penitenciária já contava com uma oficina de confecções. Mas, até então, era utilizada para fabricação dos uniformes utilizados pelas internas na PFDF, além de artesanato. Agora, parte do que é produzido é usado nas unidades prisionais pelos servidores da Segurança Pública, e o restante é devolvido à Secretaria de Saúde.

*Com informações da SES-DF

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