Quatro ministros sugerem votação favorável à tese da defesa de Temer; dois deles foram indicados à corte eleitoral pelo presidente

Por Breno Pires, Leonêncio Nossa, Daniel Weterman e Beatriz Bulla

BRASÍLIA – Na sessão da manhã desta quinta-feira, 8, a terceira do julgamento da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014, quatro dos sete dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sinalizaram que não vão incorporar as delações da Odebrecht em seus votos.

Os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira concordaram com a preliminar apresentada pelas defesas de que o uso das delações da Odebrecht extrapola o que foi pedido inicialmente pelo acusador, o PSDB. O presidente o TSE, Gilmar Mendes, ainda não apresentou sua análise completa sobre este tema, mas se posiciona com este mesmo entendimento. A interpretação diverge da dos ministros Herman Benjamin, relator da ação, Luiz Fux e Rosa Weber.

Diante de sinais de que a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) excluirá delações da Odebrecht na análise da ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, o ministro relator do caso, Herman Benjamin, reforçou, na manhã desta quinta-feira, 8, no plenário da Casa, o seu posicionamento a favor da apreciação de novas denúncias envolvendo a campanha presidencial de 2014.

O posicionamento de Herman Benjamin foi bombardeado pelos colegas ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira – os dois últimos recentemente nomeados por Temer para ocupar os cargos de Henrique Neves e Luciana Lóssio. Tarcísio afirmou que não aceitaria fatos surgidos a partir de 1º de março deste ano. “No meu voto, não vou avaliar depoimentos de Marcelo Odebrecht, João Santana e Mônica Moura”, disse, referindo-se a delações divulgadas nos últimos três meses.

Da Redação com informações do Estadão

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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