Vadim Shishimarin, sargento do exército russo, se declarou culpado de acusações de homicídio de um civil ucraniano Christopher Furlong/Getty Images

Vadim Shishimarin, de 21 anos, foi julgado pelo assassinato de um civil ucraniano a tiros

Por Redação

Um tribunal do distrito de Kiev ouviu acusações contra um soldado russo capturado nesta quarta-feira (18), enquanto o primeiro julgamento por crimes de guerra no país de importância simbólica ganha ritmo.

O soldado russo é acusado de assassinato e de “violar as leis e costumes da guerra” sob o artigo 438 do Código Criminal da Ucrânia.

Vadim Shishimarin, de 21 anos, declarou-se “totalmente” culpado na quarta-feira e enfrentará a prisão perpétua.

Em uma descrição detalhada das ocorrências, o promotor disse ao tribunal que Shishimarin, em conjunto com quatro outros serviçais, roubaram um veículo para se esconder de bombardeios das forças ucranianas. O grupo dirigiu até o vilarejo de Chupakhivka, onde encontraram um morador desarmado andando de bicicleta e falando ao celular.

“Sob a impressão de que o civil pretendia denunciá-los às Forças Armadas Ucranianas, um dos soldados ordenou que Shishimarin matasse o civil”, disse o promotor.

Citando os artigos 50 e 51 da Convenção de Genebra, de 1949, o promotor acusou Shishimarin de atirar diversas vezes usando um rifle Kalashnikov pela janela traseira do carro, atingindo a vítima na cabeça.

“A vítima morreu devido a ferimentos no crânio fraturado após os cinco soldados deixarem a cena do crime”, declarou o promotor. Após dias se escondendo, o grupo eventualmente se rendeu aos residentes do local, acrescentou o acusador.

O julgamento foi adiado para a quinta-feira (19) pois muitos funcionários da mídia estavam lotando a sala.

Os juízes ouvirão o depoimento de Shishimarin na quinta-feira, assim como o da viúva da vítima. Duas outras testemunhas irão depor a favor da promotoria, incluindo um soldado russo presente na cena do crime.

Esse é o primeiro julgamento por crimes de guerra estabelecido desde a invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro. O promotor espera que muitos outros aconteçam. Até o momento, mais de 12 mil supostos crimes de guerra foram registrados por autoridades ucranianas.

Casos de crimes de guerra também podem ser julgados em tribunais internacionais, em processos mais longos.

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Com CNN

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