Hospital em Gaza é atacado por Israel, diz ministério palestino / Reprodução

Hospital no centro da cidade de Gaza abrigava centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos de Israel

Por Redação

Um ataque aéreo israelense matou nesta terça-feira cerca de 500 palestinos em um hospital da Cidade de Gaza lotado de pacientes e pessoas deslocadas, disseram autoridades de saúde no enclave sitiado. Conselho de Segurança da ONU deve votar nesta terça-feira resolução brasileira para o conflito. Ordem israelense para retirada de civis do norte de Um Gaza pode configurar crime internacional, diz escritório da ONU.

O ataque foi o incidente mais sangrento em Gaza desde que Israel lançou uma implacável campanha de bombardeamentos contra o território densamente povoado, em retaliação ao ataque mortal transfronteiriço do Hamas às comunidades do sul de Israel, em 7 de Outubro.

Aconteceu na véspera de uma visita do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel para mostrar apoio ao país na guerra com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Os países árabes, o Irão e a Turquia condenaram rapidamente o ataque. O primeiro-ministro palestino chamou isso de “um crime horrível, genocídio” e disse que os países que apoiam Israel também têm responsabilidade.

Fontes do Ministério da Saúde de Gaza disseram à Reuters que cerca de 500 palestinos foram mortos no ataque aéreo ao hospital Al-Ahli al-Arabi.

O Hamas disse que o bombardeio matou principalmente pessoas que ficaram desabrigadas pelos bombardeios de Israel e que os mortos incluíam pacientes, mulheres e crianças.

Palestinos procuram vítimas sob os escombros de um prédio destruído por ataques israelenses em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 17 de outubro de 2023. Reprodução

“Há dezenas de corpos desmembrados e esmagados, banhos de sangue”, disse Izzat El-Reshiq, um alto membro do Hamas.

Um vídeo obtido pela Reuters mostrou várias ambulâncias cheias chegando a outro hospital de Gaza transportando pessoas feridas no hospital Al-Ahli al-Arabi. Um homem estava cambaleando, sangrando muito na cabeça. Um menino estava sendo carregado em uma maca.

Manifestantes e policiais se enfrentam em fortes protestos na Cisjordânia

Uma manifestação em Ramallah, na Cisjordânia, em protesto contra o bombardeio de Israel a um hospital na Cidade de Gaza terminou em fortes enfrentamentos com policiais da Autoridade Nacional Palestina.

A Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina – grupo político rival ao Hamas, que governa a Faixa de Gaza -, mas a influência do Hamas no território tem crescido.

Após ataque a hospital, Abbas cancela encontro com Biden

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou o encontro que teria na quarta-feira (18) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de acordo com a agência de notícias Associated Press.

O cancelamento, ainda segundo a AP, foi decidido após Israel bombardear um hospital na Cidade de Gaza nesta terça-feira (17), deixando centenas de mortos.

Biden viajará ao Oriente Médio na quarta-feira (18) e também se reunirá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeamento do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeamento. Deve-se notar que o hospital abrigava centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos”, disse o comunicado do governo.

O Hamas divulgou um comunicado sobre o ataque, classificando o ato como “genocídio”.

“O massacre do Hospital Al-Ahli, no coração da Faixa de Gaza, é um genocídio. Chega de silêncio sobre a agressão e a imprudência da ocupação”, disse o Hamas no comunicado.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que os militares estão investigando o ataque relatado. E acrescentou que, como o ataque é recente, as Forças de Defesa de Israel ainda não tem certeza se o hospital foi atingido por um ataque do Exército israelense ou se um dos lançamentos do Hamas falhou e atingiu a área.

Presidente da Autoridade Palestina decreta luto

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto pelas vítimas do ataque aéreo israelense ao Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza.

Em comunicado divulgado pelo seu gabinete, o Abbas também ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro para as vítimas da “agressão israelense ao hospital al-Ahli e para todas as pessoas mortas pela ocupação”.

Forças Armadas de Israel acusam Jihad Islâmica por ataque a hospital

As Forças Armadas de Israel acusaram nesta terça-feira (17) a Jihad Islâmica de ser a responsável pelo bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza e, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 500 pessoas.

A Jihad Islâmica, outro grupo islâmico armado, também atua dentro de Gaza.

Israel afirmou ainda que, no momento do bombardeio, foguetes lançados em Gaza em direção ao território israelense “passaram perto” do hospital.

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Com Agências Internacionais/G1/Reuters/CNN

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