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Transformação digital mudou a relação entre marca e cliente, muitas soluções têm ganhado espaço para suprir as novas necessidades da sociedade

Por Redação

O ano está acabando e foi marcado pela consolidação das mudanças que começaram a acontecer no ano anterior: muitos ainda continuam trabalhando em casa, buscando mais conforto ao adquirir serviços e buscando experiências marcantes. A transformação digital mudou a relação entre marca e cliente, muitas soluções têm ganhado espaço para suprir as novas necessidades de uma sociedade contemporânea em busca de qualidade de vida. Além de um evidente avanço tecnológico em diversos setores, o mercado tem se reinventado para se adaptar a uma nova realidade: mais dinâmica, focada na comodidade do cliente, rapidez dos serviços e preocupada com a sustentabilidade e segurança de dados.

Veja quais são as apostas de negócios mais promissoras para 2022:

Clubes de assinatura

Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, somente em 2020, o mercado de assinatura movimentou mais de 1 bilhão de reais, sendo que, no primeiro trimestre de 2021, o número de novos assinantes cresceu 32% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Tuim, empresa pioneira de móveis por assinatura do Brasil, foi fundada em 2019 e se consolidou como a “Netflix dos móveis”. Para Pamela Paz, CEO da startup, a tendência é que a adesão cresça ainda mais no próximo ano. “Essa é uma nova forma de consumir itens que muitas vezes se tornam obsoletos com o passar do tempo. Vivemos na era do ‘as a service’ e, com a assinatura de móveis, as pessoas podem ter mais liberdade para escolher como mobiliar a casa de acordo com cada fase da vida de forma flexível e sustentável”, declara.

O modelo de assinatura também chegou na área da saúde. A Far.me, healthtech de entrega de medicamentos, apostou na assinatura de pacientes crônicos, que recebem seus medicamentos mensalmente de acordo com sua necessidade. Criado em 2018, o serviço foi impulsionado pela pandemia e cresceu 233% em 2021, indicando que o modelo de negócios é promissor e tende a crescer muito no próximo ano.

Segurança de dados não é mais opcional

De acordo com uma pesquisa realizada pela PwC Digital Trust Insights 2022 com 3.600 executivos de negócios, tecnologia e segurança, aproximadamente 83% das organizações empresariais no Brasil devem aumentar o investimento em segurança cibernética no próximo ano. De acordo com Andrew Martinez, CEO da HackerSec, maior empresa de inovação em cibersegurança do país, 2022 vai ser o ano do reforço de segurança para a proteção de dados. “A segurança de dados é tão necessária que se tornou lei. A LGPD foi criada para proteger tanto o cliente quanto o prestador de serviço. O reforço na segurança de dados vai evitar danos irreparáveis”, complementa o executivo.

Neste cenário, a tecnologia em nuvem também passará a ganhar cada vez mais espaço. Uma das empresas que atuam nesse segmento é a SGA TI em Nuvem, especializada em nuvem, que cria soluções para desafios reais que afetam empresas de diversos segmentos e portes por meio de novas tecnologias que envolvem datacenter, aplicações em nuvem, ciência de dados e inteligência artificial, transformando todas as áreas dos negócios.

Setor de vendas se preocupará mais ainda com a comodidade do cliente

O e-commerce ganhou força nos últimos anos e as redes sociais passaram a ser um canal de vendas importante. Acreditando no potencial que essas mídias possuem, a Showkase oferece uma plataforma que ajuda pequenos negócios a vender online de forma descomplicada e integrada a todas as redes sociais e canais digitais, facilitando a rotina de vendedores e possibilitando que atendam da melhor maneira possível.

Outra tendência para 2022 é o crescimento acelerado das vendas outbound, aquelas que priorizam um atendimento consultivo, em que os profissionais têm a missão de entender as dores dos clientes e as necessidades que possuem, para assim, realizarem conexões assertivas. Acreditando que, cada vez mais, companhias vão precisar de vendedores focados neste tipo de venda, a Outbound Sales, transforma candidatos em profissionais de vendas outbound e indica os melhores alunos treinados para empresas.

Por causa da pandemia, muitas empresas se viram obrigadas a migrar suas lojas para o mundo online, e a necessidade de inovar com produtos e impactar positivamente a experiência do usuário foi inevitável. E o ARCommerce é a prova disso. Por meio do celular, é possível vislumbrar em tamanho real o produto que gostaria de adquirir e até mesmo verificar se aquele sofá irá caber ou combinar com sua sala. A More Than Real é uma startup que está por trás do desenvolvimento desse tipo de tecnologia. Ela é referência global no desenvolvimento de soluções de realidade aumentada e visão computacional.

Hoje já podemos observar uma disputa dos grandes players em relação ao tempo de entrega das encomendas e do valor, afinal, é um dos processos mais importantes da jornada de compra. O Melhor Envio, plataforma de cotação e geração de fretes que oferece condições mais competitivas para lojas virtuais e 80% de desconto nos fretes para todo o Brasil.

Mercado de fintechs cada vez mais aquecido

É plausível afirmar que esse é um mercado muito atrativo para investimentos e que está em ampla expansão. O VExpenses, plataforma que automatiza a gestão de despesas de equipes e funcionários, lançou o Cartão Corporativo VExpenses, a fim de reforçar o time das fintechs que lutam pela democratização financeira no país, garantindo maior acesso a produtos e serviços financeiros de qualidade para empresas de todos os tamanhos e segmentos.

As fintechs também já chegaram no campo. Por conta da necessidade de um produto exclusivo e que entenda de fato a dor do agroprodutor, uma startup que está se destacando no mercado é a Bipp, agrofintech que facilita as negociações em toda a cadeia, integrando transações de compra e venda entre produtores, fornecedores e agroindústrias. No final de 2021, a Bipp  lançou o aplicativo para acompanhar e agilizar o processo de abertura de conta, chegando em até cinco minutos.

ESG (ambiental, social e governança, em português) em alta

A preocupação com a agenda ESG tende a ser mais intensa no próximo ano. “A preservação do meio ambiente, por exemplo, é um papel da sociedade como um todo. Empresas também são agentes importantes para o desenvolvimento mundial e já entenderam que, caso não haja a preocupação com questões ambientais, sociais e de governança, vão ficar para trás”, é o que aponta Eduardo Tardelli, CEO da upLexis empresa especializada em mineração de dados.

O mercado financeiro também já começou a prestar mais atenção aos fundos ESG, e, ainda que a existência cada vez maior e mais intensa desses critérios seja uma demanda das novas gerações, os investidores mais sêniores também estão começando a buscar por gestoras com produtos mais sustentáveis, como a Pandhora Investimentos, gestora de fundos de investimentos quantitativos.

Robôs colaborativos e humanos trabalhando juntos

Com os famosos cobots em funcionamento, eles podem facilmente assumir tarefas repetitivas, sujas ou perigosas. Assim, a mão de obra humana pode ocupar funções que são realmente importantes e estratégicas. A Universal Robots, empresa pertencente à Teradyne, tem como objetivo tornar a tecnologia robótica acessível por meio do desenvolvimento e distribuição desses braços robóticos.

Um exemplo de como a tecnologia pode ajudar no e-commerce é a Virtus Automation & AI, uma das startups finalistas do ciclo 2021.2 do InovAtiva Brasil. Ela trabalha com robôs (RPA) como um serviço (RAAS) e inteligência artificial (IA) em sua base. Um de seus produtos faz a busca ativa pelos interesses dos consumidores online e define automaticamente a melhor estratégia de marketing para alcançá-los.

Consolidação do EaD

O ensino à distância virou protagonista dos processos de estudo nos últimos tempos, sendo o principal meio para acompanhar aulas e consumir conteúdos educacionais. Nesse cenário, as organizações e instituições de ensino precisaram se adaptar rapidamente. Para a  Sambatech, edtech que leva conhecimento a todos os cantos do país, ele ainda deve passar por algumas evoluções e a tendência é que se consolide mais com o passar do tempo.

Corroborando com este posicionamento, Caio Moretti, CEO do Qconcursos, explica que é questão de tempo para que o formato se fortaleça ainda mais. “Plataformas desenvolvidas especialmente para o EAD melhoraram o sistema de aplicação de provas, armazenamento de conteúdos e gravação de aulas, por exemplo. A tendência é que a educação à distância se torne cada vez mais produtiva”, explica o executivo.

Da Redação do Agenda Capital e Agências

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