Por Delmo Menezes

Quem nunca ouviu falar de quebra de aliança no meio político? Dificilmente se passa um dia em que não haja anúncio na imprensa referente à criação ou à dissolução de uma aliança estratégica por uma instituição ou de uma autoridade política.

Fazendo uma rápida pesquisa, podemos ver que aliança nada mais é do que um acordo bilateral de obrigação mútua entre as partes. Significa ajuste, acordo ou pacto feito entre indivíduos ou grupos de indivíduos. Estar aliançado, significa estar associado a alguma coisa ou alguém.

Se formos trazer para o campo político, logo perceberemos que tem muita gente fazendo alianças com pessoas erradas. A aliança para dar certo, tem que haver lealdade de ambos os lados. É aí que começam os problemas.

No Brasil, geralmente, os interesses políticos e ideológicos ficam de lados quando se faz uma aliança política, e por esse motivo, é muito comum vermos alianças entre partidos com orientações totalmente diversas, o que confunde o eleitor.

Temos percebido ao longo dos anos, pessoas que entram na política até com boas intenções, porém no decorrer de sua trajetória começam a fazer alianças espúrias, que vão jogar por terra, todo um trabalho que poderia ser glorioso no sentido de alcançar o ápice da vida pública.

Daqui a alguns dias, a delação da Odebrecht na operação Lava Jato, vai trazer à tona políticos que outrora eram considerados acima de qualquer suspeita, e muitos deles vão ficar “enrolados” por um bom tempo com a justiça, porque escolheram a estratégia errada. A denúncia da Odebrecht está sendo aguardada com muita expectativa, pois vai envolver mais de 250 políticos, que terão sua vida pública, precocemente encerrada.

Pessoas que entraram na política até com bons propósitos, foram atingidos pela ambição, pelo enriquecimento ilícito, pelas mordomias, colocando seus projetos por “água abaixo”, e no futuro serão sempre lembrados como corruptos.

Muita gente começa atirar para todos os lados e depois não consegue sair do “emaranhado de encrenca” que se meteu. Vem as desilusões, os arrependimentos, e quando tentam passar uma imagem diferente para a sociedade, já é tarde. Uma aliança mal-sucedida, provoca consequências desastrosas na vida de uma pessoa. “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. É um ditado antigo, porém se aplica ao que ocorre hoje em dia.

“Uma certa vez, um homem chateado perguntou a sua mulher porque que ela estava usando a aliança no dedo errado? A mulher chateada respondeu: porque me casei com o homem errado”, disse. Tem muitas pessoas que carregam um jugo pesado e pagam um preço alto por isso. Muitos homens públicos que poderiam ser bem-sucedidos, fizeram péssimas escolhas ao longo de sua vida e caíram. Outros, se meteram na vida alheia, pegando problemas que não eram seus, e passaram a fazer parte desses mesmos problemas.

No período pré-eleitoral, a maioria dos políticos começam fazendo articulações com todo mundo. Fazem promessas que sabem que não podem ser cumpridas, e depois vem a quebra de compromissos, e na sequencia o rompimento.

Passada as eleições, vem a conta que poderá significar distribuição de cargos políticos para aliados, entre outras coisas……, que poderão enfraquecer ainda mais as estruturas do nosso país.

Suas Excelências bem que poderiam refletir um pouco, e observar que os tempos são outros, e que articulações mal-sucedidas, são sinônimo de derrotas e o fim de um projeto melancólico.

Da Redação do Agenda Capital

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