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Queda nos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina, teve o maior impacto no IPCA do mês passado; mínima histórica do índice oficial de preços é de agosto de 1998, de -0,51%

Por Estadão*

Em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou em abril a segunda maior deflação do Plano Real. O índice oficial de inflação do País foi de 0,31%, informou o Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 8.

A mínima histórica do IPCA é de agosto de 1998, de -0,51%. Apenas nos meses de abril, a mínima até agora havia sido registrada em 2017, quando a deflação foi de 0,14%. 

O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas feitas por analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Todas as 49 estimativas eram deflacionárias, de 0,12% a 0,47%, com mediana de -0,25%. Em março deste ano, a taxa foi de 0,07%.

No ano, o IPCA acumula alta de 0,22% e, nos últimos 12 meses, de 2,40%, abaixo dos 3,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2019, a taxa havia ficado em 0,57%.

Mesmo com o dólar alto, a maioria das instituições consultadas acreditam que o IPCA vai fechar o ano em 2,20%, na mediana das projeções, bem aquém do piso da meta de 2,50%. As projeções vão de 1% a 2,70%. 

Este é o primeiro IPCA com coleta feita exclusivamente durante a vigência da crise do coronavírus. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram deflação em abril e o maior impacto negativo do mês, -0,54 ponto porcentual, foi do grupo transportes (-2,66%).

A queda nesse grupo se deve principalmente ao recuo nos preços dos combustíveis (-9,59%). Só a gasolina teve queda de 9,31%, representando o maior impacto individual negativo no índice do mês, de -0,47 ponto.

No lado das altas, destaca-se o grupo alimentação e bebidas (1,79%), que acelerou em relação a março, com impacto de 0,35 ponto no IPCA de abril. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,22% em saúde e cuidados pessoais e a alta de 0,10% em vestuário.

8Com informações do Estadão

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