Por Delmo Menezes

As obras do Sistema Produtor Corumbá IV, que estão 65% executadas, serão retomadas. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (11), pelos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, acompanhados do ministro das cidades, Bruno Araújo.

O Sistema Corumbá 4, vai garantir água potável para o abastecimento de Luziânia, Novo Gama, Valparaíso de Goiás e Cidade Ocidental, em Goiás, e Santa Maria e Gama, no Distrito Federal. De acordo com o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), a execução da obra vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF e desafogar o Sistema Produtor do Descoberto. Intervenções de responsabilidade do governo goiano estavam paradas desde setembro de 2016 por questionamentos do Ministério Público Federal.

Foto: reprodução

O projeto Corumbá 4, é desenvolvido por meio de parceria entre os governos do DF através da Caesb, de Goiás por meio da Saneago, e do Ministério das Cidades. A Saneago é responsável pela captação de água do reservatório de Corumbá IV, a estação de bombeamento em Luziânia e por 12,7 quilômetros da adutora que transporta a água até a estação de Tratamento de Valparaíso, sob a responsabilidade da Caesb, a quem cabe também a extensão de outros 15,3 quilômetros de adutora.

De acordo com Rollemberg, “esta obra vai dar tranquilidade para a população pelos próximos 20 ou 30 anos”, disse o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. Com fornecimento de até 5,6 mil litros por segundo, a obra vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do Distrito Federal e desafogar o Sistema Produtor do Descoberto.

Corumbá 4 vai beneficiar 1,3 milhão de pessoas

Cerca de 1,3 milhão de pessoas serão beneficiadas. No DF, moradores do Gama, de Santa Maria e do Recanto das Emas serão atendidos pelo novo sistema. No estado vizinho, o público abastecido será da Cidade Ocidental, de Luziânia, do Novo Gama e de Valparaíso.

Foto: Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O anúncio contou com a presença do ministro das Cidades, Bruno Araújo; do governador de Goiás, Marconi Perillo; do secretário nacional de Saneamento Básico, Olavo de Andrade; e dos presidentes da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, e da Saneamento de Goiás (Saneago), Jalles Fontoura.

Para o ministro, houve um encontro do bom senso dos governos para garantir a segurança hídrica para a população. O chefe do Executivo de Goiás disse que a retomada das obras em 2015 ocorreu por causa da “sensibilidade do governador Rodrigo Rollemberg, que conseguiu com o Banco do Brasil financiamento de R$ 500 milhões”. Parte desse recurso foi destinado para as obras de captação de água.

Bruno Araújo denunciou que na gestão anterior do governo federal foram autorizadas obras na área de saneamento básico que não seriam realizadas por falta de recursos. “Logo que cheguei no Ministério encontrei um volume de compromissos nessa área de saneamento e abastecimento de água além da capacidade da Pasta. O governo passado assinou contratos com governadores e prefeitos que equivalem a 41 anos do orçamento do Ministério das Cidades”, disse o ministro.

Responsabilidades e custos de cada unidade federativa no Sistema Produtor Corumbá 4

O projeto é conjunto dos governos do Distrito Federal e de Goiás e executado por meio do Consórcio Corumbá — Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) e Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Compete à Saneago a captação hídrica e a construção de 12,7 quilômetros da adutora. Outros 15,3 quilômetros são de responsabilidade da Caesb, assim como a estação de tratamento.

O sistema envolve a captação de água do Lago de Corumbá, que será encaminhada para tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária.

Andamento das obras do Sistema Produtor Corumbá 4

A fase de licitação começou em 2009, e os trabalhos, dois anos depois. Em 2013, a gestão passada paralisou a obra. Logo no início de 2015, o consórcio recebeu recursos federais e retomou o serviço.

Em setembro de 2016, as intervenções na parte goiana foram paralisadas após recomendação do Ministério Público Federal para suspender repasse de recursos do Ministério das Cidades durante investigação de supostos desvios de dinheiro.

Da Redação com informações da Ag. Bsa

 

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