Por Delmo Menezes

O número “sete” tem todo um simbolismo, representa à totalidade, a perfeição, a consciência, a intuição, a espiritualidade (para os cristãos) e a vontade. O número Sete é sagrado, perfeito e poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e Pai da Numerologia. É também considerado um número mágico. É um número místico por excelência.

O sete simboliza também a conclusão cíclica e renovação. Mas justamente por representar o fim de um ciclo e o começo de um novo, é um número que também traz ansiedade pelo desconhecido.

Nesta semana o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), completou 07 dias a frente do mais alto posto do governo, a Presidência da República.

Nesse curto período, houveram muitos acertos na escolha dos nomes para compor o primeiro escalão do governo. Porém, houveram alguns equívocos, que podem comprometer todo o trabalho do novo governo.

O presidente acertou nas suas escolhas, colocando políticos de peso, reconhecidos tanto no Brasil como no exterior, como é o caso do ministro Henrique Meirelles na pasta da Fazenda e Previdência, que praticamente foi uma unanimidade.

Por outro lado, Temer, nomeou outros nomes, não tão unânimes, como foi a escolha do líder de governo na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE), que pesa sobre si, uma extensa folha corrida de processos. Moura é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal, sob acusação de desvio de dinheiro público e outros três inquéritos por suposta participação em tentativa de homicídio e no esquema da Petrobrás (Lava-Jato).

No Itamaraty, Temer tira a pasta do ostracismo, e coloca outro nome reconhecido por suas habilidades na área política e na gestão, com a nomeação de José Serra (PSDB-SP), responsável pelo Ministério das Relações Exteriores e Comércio Exterior. Foi uma decisão acertada do presidente interino.

A escolha de Moreira Franco (PMDB-RJ) foi outro nome importante do governo, que apesar de sua pasta não ter status de ministério, na prática o ex-governador do Rio, vai ser uma espécie de 1º ministro do governo Temer. Moreira Franco será o responsável pelas Parcerias Públicas Privadas (PPP’s) e pelo programa que leva o nome de “Crescer”, que será, uma versão Temer do PAC da presidente Dilma.

A extinção do Ministério da Cultura, foi outro erro de avaliação do governo. A simples extinção de um Ministério, não significa contenção de gastos. A classe artística irá perturbar o governo, até voltar atrás em sua decisão. Artistas atraem holofotes, e isso pegou mal para o novo governo.

A decisão de última hora de não nomear o renomado médico Dr. Raul Cutait, para a pasta da Saúde, foi outro erro fatal. Cutait tem o apoio da classe médica e política, possui um currículo esplêndido. Numa pasta onde se concentra os maiores problemas do país, como é o caso da Saúde, o titular, deve ser no mínimo conhecedor dos problemas da área, para evitar o que temos presenciado na nomeação de alguns secretários estaduais de saúde. O escolhido de Temer, Ricardo Barros (PP), começou muito mal, dando declarações totalmente fora de contexto, como, “o SUS é muito grande”.

Por outro lado, Temer, acertou em colocar no segundo escalão, nomes técnicos reconhecidos pela capacidade e experiência de gestão. Isso é muito bom para o país, que atravessa um declínio em relação à classe política. A escolha da economista Maria Sílvia Bastos Marques para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi bastante comemorada.

Para finalizar, o presidente em exercício Michel Temer, chamou nesta quinta-feira (19), a atenção dos seus ministros, para terem mais cuidado em suas declarações à imprensa, pois, alguns ávidos por holofotes, acabaram por dar declarações desastrosas, pois, como diz o velho ditado, “leite derramado não volta à tona”.

Da Redação do Agenda Capital

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