Presidente Michel Temer. Foto: reprodução

Questionamentos fazem parte do inquérito da Operação Patmos, que investiga presidente por suspeita de corrupção passiva e obstrução da Justiça no caso JBS

Por Fausto Macedo, Fabio Serapião, Julia Affonso e Isadora Peron

A Polícia Federal enviou um rol de 82 perguntas ao presidente Michel Temer no inquérito da Operação Patmos – investigação que põe sob suspeita o peemedebista no caso JBS. Na semana passada, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para o presidente responder às indagações dos investigadores.

A Polícia Federal questionou o presidente sobre as razões que o levaram a receber no Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março, o empresário Joesley Batista, da JBS – a quem o próprio Temer, em declaração pública, classificou de ‘conhecido falastrão’.

Dias depois do estouro da Operação Patmos, em que veio a público o áudio da conversa que teve com Joesley, o presidente declarou publicamente que seu visitante no Jaburu ‘é um conhecido falastrão’. O presidente afirmou que o áudio foi ‘manipulado, adulterado’.

No questionamento ao presidente, a PF indaga ‘qual o motivo, então, para tê-lo (Joesley) recebido em sua residência, em horário não usual, em compromisso extraoficial e sem que o empresário tivesse sido devidamente cadastrado quando ingressou às instalações do Palácio’.

Temer mergulhou em sua pior crise política após ser gravado na noite de 7 de março pelo empresário Joesley Batista, da JBS, no Palácio do Jaburu. O conteúdo do áudio é peça chave do inquérito da Polícia Federal que põe o presidente sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

Joesley fez a gravação às escondidas – o presidente não sabia que sua visita no Jaburu estava munida de um gravador.

Nessa conversa, Joesley narrou a Temer uma rotina de crimes, como o pagamento de contribuição de R$ 50 mil mensais ao procurador da República Ângelo Goulart e mesada milionária da Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara, preso desde outubro de 2016 na Operação Lava Jato.

Segundo os investigadores, a reunião serviu para Temer ‘escalar’ Rocha Loures como seu interlocutor com a JBS para tratar dos interesses do grupo no governo.

Temer alega que o áudio foi ‘manipulado, adulterado’. O áudio está sendo submetido a uma perícia no Instituto Nacional de Criminalística, braço da Polícia Federal.

Da Redação com informações do Estadão

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