Jofran Frejat e Joe Valle. Foto: Agenda Capital

O pré-candidato ao GDF afirmou que o grupo com MDB e DEM está consolidado, mas não descarta o apoio de Rosso, Alírio e Cristovam

Por Manoela Ancântara

A aliança fechada entre os partidos do senador Cristovam Buarque (PPS), dos deputados federais Rogério Rosso (PSD) e Izalci Lucas (PSDB), incluindo também a sigla do ex-distrital Alírio Neto (PTB), oficializada nessa terça-feira (3/4), não é irreversível. Pelo menos é o que acredita o pré-candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF) Jofran Frejat (PR). Para o ex-secretário de Saúde, a costura política é legítima, mas divide a oposição ao governador e abre mais chances para a reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB).

“Não tenho nada contra, mas casa dividida não se sustenta. Ainda tenho a expectativa de uma união entre os grupos”, afirmou Frejat.

Hoje, Jofran Frejat aposta em uma aliança com o MDB, do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, e com o DEM, do deputado federal Alberto Fraga. “Nosso grupo permanece forte. Como o governador Rodrigo Rollemberg está muito fraco, todos acham que têm chance de se eleger, todos querem concorrer”, disse.

Fraga e Filippelli reafirmaram o compromisso com a aliança de direita e apoio a Frejat. “Já firmei minha posição. Abri mão de disputar o governo para apoiar a pré-candidatura do Frejat. Respeito o outro grupo. O problema é que, quando a mosquinha azul toma conta das pessoas, fica difícil”, declarou o deputado, que deve se candidatar ao Senado.

Já Filippelli, presidente do MDB-DF, afirmou que a aliança ainda está em construção. “O Frejat [na cabeça de chapa] é inquestionável. Mas o MDB decidirá a indicação do vice”, ressaltou.

Antes de divulgarem a carta de intenções intitulada Nota Conjunta à Sociedade do Distrito Federal, nessa terça-feira, Alírio e Izalci conversavam com o grupo de Frejat. No entanto, selaram o compromisso, pelo menos por enquanto, com Cristovam, Rosso, Wanderley Tavares (PRB), Arthur Bernardes (PSD), Sérgio Ferreira (DC) e, ainda, com o vice-governador Renato Santana (PSD).

Também estão nesse grupo Daniel de Castro (PSC), Kaio Teixeira (Patriota), Paulo Fernando (Patriota), Chico Andrade (PPS) e Silvana Siqueira (PSDC).

Dessa forma, Alírio, Cristovam, Rosso e Izalci ficam em uma ponta; Frejat, Filippelli e Fraga, em outra. Mas há indefinição quanto à ala do PSDB na qual está a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, além de Solidariedade e Pros.

Também anunciado como pré-candidato ao GDF, o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), continua a negociar com os partidos, mas ainda não confirmou alianças. Ele chegou a se reunir com o grupo de Cristovam Buarque e Rogério Rosso, mas não assinou a carta de intenções.

Rollemberg monitora movimentações
Enquanto os rivais se articulam, Rollemberg acompanha os passos dos adversários. No entanto, segundo interlocutores, ainda é cedo para traçar prognósticos.

“A cada 10 ou 15 dias, aparece uma nova chapa e uma nova coligação no DF. Os atores que assinaram esse documento já fizeram chapa com o Frejat e com outros candidatos. Ao longo do tempo, já desfizeram”, afirmou um integrante do primeiro escalão do governo.

De acordo com esse interlocutor, o plano para a reeleição de Rollemberg é fazer uma coligação que dê continuidade ao trabalho realizado. “A arrumação da casa com a organização das contas, a continuidade da ocupação da Orla do Lago Paranoá e a democratização do Lixão são parâmetros que os aliados precisam seguir”, disse.

Da Redação com informações do Metrópoles

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