“Flávia não será demitida pela imprensa”, disse o presidente Bolsonaro 

Por Redação 

A irritação de deputados do Centrão com o governo Bolsonaro tem nome e sobrenome: emendas de relator. Depois de todo o bafafá sobre a liberação de verba discricionária, com envolvimento, inclusive, do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo freou o repasse de dinheiro para descontentamento dos congressistas.

Quem decidiu reclamar, falou no pé do ouvido do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que o cofre estava fechado por pura má vontade da ministra Flávia Arruda, que cuida do dinheiro, na secretaria de governo.

O ministro Ciro Nogueira (PP) que é um dos maiores caciques do Centrão, está acalmando os ânimos. Aliado de Flávia, sempre diz que o dinheiro só não sai quando o presidente da República não deixa.

Aos mais emocionados, que chegam a pedir a cabeça da ministra, Ciro responde com elegância: faltam apenas três meses para a desincompatibilização de integrantes do governo que vão concorrer às eleições. Então, não vale o estresse.

Uma das soluções criadas para acalmar os ânimos é um novo loteamento da Esplanada dos Ministérios, depois que abrirem as vagas dos ministros que serão candidatos a cargos eletivos em outubro.

Em meio à pressão de deputados pela demissão de Flávia Arruda, o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa da ministra nesta quarta-feira (5). Ele aproveitou coletiva após receber alta hospitalar em São Paulo para dizer que ela não deixará o cargo.

“Onde a Flávia Arruda está errando? Desconheço, disse Bolsonaro. Se estiver ruim, eu chamo e converso com ela, ela jamais será demitida pela imprensa”, afirmou o presidente da República.

Não é a primeira vez que Flávia Arruda recebe petardos de integrantes do Centrão, como vem ocorrendo, agora, com declarações públicas do líder do Republicanos, o deputado Hugo Motta (PB). Desde que assumiu a Secretaria de Governo da Presidência da República, a deputada federal do DF costurou acordos para projetos importantes, mas também desagradou parlamentares que o próprio presidente Jair Bolsonaro não queria atender.

Nos bastidores comenta-se que dificilmente a ministra Flávia deixará o governo antes do prazo de desincompatibilização, em abril. Ela tem o apoio dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), e do PL, Valdemar Costa Neto, que comanda o partido de Bolsonaro.

Da Redação do Agenda Capital 

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