EVARISTO SA / AFP)

Em discurso no Planalto, 38º presidente diz que quer colocar Brasil em ‘lugar de destaque’ internacional e critica ‘politicamente correto’ e ‘gigantismo estatal’

Por Redação

Em um discurso com vários acenos à base de eleitores que ajudou a elegê-lo e sem tocar no tema de união nacional, o presidente Jair Bolsonaro disse que vai atender aos pedidos de mudança revelados pelas urnas e que vai trabalhar para colocar o Brasil no “lugar de destaque que ele merece no mundo”.

Do Parlatório, após receber a faixa presidencial do ex-presidente Michel Temer, o 38.º presidente da República prometeu que vai lutar contra o modelo de governo de “conchavos e acertos políticos” e libertar a Nação “da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”.

REUTERS/Ricardo Moraes

Diante da ovação do público presente que o saudava a gritos de “mito”, Bolsonaro, que chegou a fazer uma pausa e abanar uma bandeira do Brasil, falou em acabar com a ideologia que, em sua visão, “defende bandidos e criminaliza policiais”, divide os brasileiros, é ensinada nas escolas e passou a guiar as relações internacionais.

“Me coloco diante da Nação no dia em que o povo começou a se libertar do socialismo“, disse o presidente. “Guiados pela Constituição, com a ajuda de Deus, a mudança será possível”, disse o eleito, citando o baixo orçamento de sua campanha eleitoral como uma prova de que as mudanças já começaram a ocorrer.

Sobre economia, Bolsonaro disse que seu governo vai enfrentar os efeitos da crise mundial, que vai propor e implementar as reformas “necessárias” e que vai priorizar a educação básica, a exemplo de outras nações ricas.

Em um último aceno a sua base eleitoral, Bolsonaro, que novamente citou o ataque sofrido durante a corrida eleitoral e uma providência divina que o teria salvado, voltou a usar um slogan de campanha. “Nossa bandeira jamais será vermelha. Só será se for preciso nosso sangue para mantê-la verde e amarela”, disse.

Foto oficial dos ministros do governo Bolsonaro. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Posse dos ministros

O presidente Jair Bolsonaro deu posse à equipe ministerial nesta terça-feira (1º), após receber a faixa presidencial do seu antecessor, o agora ex-presidente Michel Temer, e de discursar à população no parlatório do Palácio do Planalto.

As cerimônias de transmissão de cargo de cada ministério serão realizadas nesta quarta-feira (2).

A equipe de Bolsonaro será composta por 22 ministros – sete a mais do que os 15 anunciados por ele durante a campanha presidencial. Nesta terça, foram empossados 21 ministros. Além deles, Bolsonaro assinou a indicação de Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central, que precisa ser aprovada pelo Senado.

A posse dos ministros teve início por volta das 18h. Na cerimônia, cada ministro era chamado para assinar o termo de posse, por ordem de criação da pasta.

Da Redação com informações do Estadão /G1

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