O resultado fortalece a posição da pré-candidata do partido à Presidência da República, senadora Simone Tebet (MDB-MS), apesar dos baixos índices de popularidade nas pesquisas de intenção de voto

Por Redação*

O fechamento da janela partidária deixou um sentimento de alívio em uma das maiores e mais tradicionais legendas do país, que se mantém na corrida presidencial como opção de terceira via — com candidatura própria —, mas dedica boa parte da energia a costuras regionais, onde reside sua força eleitoral. No saldo de perdas e ganhos, o MDB pode até comemorar: viu sete deputados federais deixarem a sigla, mas recebeu a filiação de outros oito. A bancada soma, agora, 35 integrantes.

O resultado fortalece a posição da pré-candidata do partido à Presidência da República, senadora Simone Tebet (MDB-MS), apesar dos baixos índices de popularidade nas pesquisas de intenção de voto. Para uma fonte emedebista, Tebet é “a melhor solução que o partido tem para evitar um racha, não é um mero balão de ensaio eleitoral”.

Essa fonte faz uma linha de raciocínio simples: a candidatura de Tebet não impede nem ameaça os arranjos partidários locais, em que o MDB precisa conciliar interesses políticos que levam a legenda a se aproximar ora de Bolsonaro, principalmente nos estados do Centro-Sul; ora de Lula, particularmente no Nordeste.

A senadora tem como missão viabilizar uma chapa que agregue as três maiores forças políticas de centro ainda não cooptadas pelo bolsonarismo: além do MDB, o PSDB e o União Brasil. Em entrevista ao Canal Livre, da Band, no domingo à noite, Tebet revelou que manteve conversas com o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e com o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), também pré-candidatos à Presidência, para que se unam em torno de um nome comum, de uma candidatura unificada do chamado centro democrático.

Amanhã, os presidentes do MDB, Baleia Rossi; do União Brasil, Luciano Bivar; e do PSDB, Bruno Araújo, se reúnem para discutir o novo cenário eleitoral e a possibilidade de construção de uma chapa única. Essa conversa pode receber a adesão do Cidadania.

No caso dos tucanos, apesar da decisão de Doria de se manter na corrida presidencial, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite não tem tido muita cerimônia para se mostrar viável eleitoralmente, como um nome capaz de compor chapa com Tebet.

Em entrevista, ontem, para uma rádio paulistana, Leite elogiou a senadora e disse que ela “tem toda a condição de liderar” uma candidatura unificada da terceira via. Ele se disse disposto não só a apoiar essa chapa como a integrá-la na posição de postulante a vice-presidente. Mas, para isso, o PSDB terá de abandonar a candidatura de Doria, chancelada pelas prévias do partido. Para Leite, essa é uma decisão a ser tomada até a convenção nacional da legenda, em junho. “Até lá, cada um vai ajustar seu papel”, destacou.

Com CB

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