Brasil x Peru fazem a final da Copa América no Maracanã, neste domingo (6) às 17h. Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

Cartolas de Brasil, Uruguai e Argentina relataram no encontro por teleconferência que enfrentam resistências internas quanto à realização da competição

Por Redação 

O presidente Jair Bolsonaro participou na noite deste sábado de uma reunião do Conselho da Conmebol na qual se discutiu a realização da Copa América no Brasil, marcada para começar dia 13 de junho e ameaçada por causa de protestos de jogadores.

Na reunião, realizada por teleconferência – portanto apenas por voz e não por vídeo –, Bolsonaro transmitiu para a Conmebol a mensagem de que o governo do Brasil está pronto para colaborar na organização do torneio. O presidente permaneceu por alguns minutos e depois se retirou.

O recado do governo brasileiro agradou os cartolas da confederação, que viram reforçada sua convicção de disputar a Copa América, ainda que alguns jogadores relutem em garantir que vão participar do torneio.

Antes da reunião, os capitães das dez seleções que vão jogar a Copa América foram sondados para participar do encontro, mas recusaram. Rogério Caboclo, presidente da CBF, participou da reunião como representante brasileiro.

Bolsonaro e Rogério Caboclo em encontro em Brasília — Foto: Marcos Corrêa/PR

Apesar do otimismo com a mensagem do presidente do Brasil, dirigentes das seleções sul-americanas também admitiram que o torneio enfrenta problemas. Cartolas de Brasil, Uruguai e Argentina relataram que enfrentam resistências internas quanto à realização da Copa América.

Bolsonaro se irrita com possível recusa dos jogadores 

O sinal de alerta soou no Planalto na última sexta-feira: em entrevista à Rede Globo, após o jogo contra o Equador, pelas eliminatórias da Copa de 2022, o capitão da seleção, o volante Casimiro, afirmou que haveria uma posição pública do elenco na próxima terça-feira, mas que o posicionamento “é claro”. Isso sinalizaria a contrariedade pela realização da Copa América no país.“Não sou eu, não são os jogadores da Europa. Quando fala alguém, falam todos os jogadores, com o Tite, com a comissão técnica. Tem que ser unânime, todos juntos”, disse.

Fiel defensora do presidente, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) nega que haja desgaste. “Quem está com Bolsonaro está com ele, independentemente de qualquer coisa. Bolsonaro não sofre (com a decisão dos jogadores), quem sofre é o Brasil”, assegurou.

Incoerência

Segundo ela “os bolsonaristas estão reagindo a uma ação do Tite, das pessoas que são contra a Copa América, porque é incoerente (devido às outras competições futebolísticas realizadas no Brasil)”. E salientou: “É bom para a economia, para os brasileiros, para o otimismo. Aí, vem o pessoal e politiza isso, e diz que não pode fazer a Copa América aqui. Se isso não é politização, porque não cancelaram os outros campeonatos? A ação partiu deles de politizar, e a gente está reagindo”.

Com GE/CB

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