Com pouco tempo de trabalho, treinador apostou contra o Equador em uma mescla de jogadores que já conhece com novatos
Por Redação
Carlo Ancelotti escalou homens de sua confiança, como Vini Jr., Casemiro e Richarlison, estes dois últimos deixados de lado por Fernando Diniz e Dorival Júnior, seus antecessores. Mas o treinador não fechou os olhos aos novatos para enfrentar o Equador, em sua estreia à frente da seleção brasileira com um empate sem gols.
Alexsandro, zagueiro do Lille, da França, não apenas foi convocado pela primeira vez, como também estreou como titular. Para diferenciá-lo de Alex Sandro, o veterano lateral do Flamengo, a CBF incorporou o sobrenome Ribeiro ao anunciar a escalação.
Estêvão foi outra novidade (e não foi bem). Curiosamente, nas entrevistas que concedeu, Ancelotti seguiu o discurso habitual de outros treinadores, pregando cautela com os mais jovens. Disse que talentos como Estêvão e Endrick ainda estão em fase de aprendizagem. Na prática, no entanto, o italiano não hesitou em colocar o jovem de 18 anos em campo.
Taticamente, a seleção mostrou uma defesa um pouco mais sólida, com Casemiro se destacando em comparação aos jogos recentes. O “volantão” se posicionou à frente da zaga e deixou claro: quem duvidar de sua presença no elenco, e até no time titular, para a Copa de 2026 pode estar cometendo um erro.

No ataque, dois atletas abertos, Vini Jr. e Estêvão, e Richarlison centralizado. Mas com um detalhe: os pontas tinham liberdade para circular pelo campo, buscar a bola e romper pelo meio.A presença de um centroavante indica que Ancelotti não pretende abrir mão da figura do “nove”, ao contrário do que vinham fazendo os treinadores recentes da seleção. Dificilmente será Richarlison, caso repita a atuação apática da noite desta quinta-feira. Matheus Cunha entrou no segundo tempo, mas Pedro deve ser uma opção para as próximas listas.
Dois nomes certos no time de Carletto estavam ausentes em Guayaquil. Raphinha, suspenso, segue com o grupo e jogará na próxima terça-feira, contra o Paraguai, em São Paulo. Já Rodrygo, pupilo do técnico no Real Madrid, está lesionado e só deverá ser convocado para as partidas de setembro.
Persistem erros antigos: passes errados, lançamentos sem destino e falhas de posicionamento defensivo. Natural, afinal o italiano comandou apenas um treinamento completo, na terça-feira que passou, no CT do Corinthians. Na quarta, já no Equador, com a possibilidade de “espiões” assistindo ao treino, em um ambiente não controlado, ele fez alguns testes, sem trabalhar, de fato, o time titular.
Ancelotti é um dos melhores da atualidade, mas não é mágico. Serão mais nove jogos até ele convocar para a Copa do Mundo, em maio do ano que vem.
O tempo é curto, mas haverá mais treinos e, principalmente, maior observação de jogadores. Esta primeira lista foi uma mescla do que pensa Carletto com os relatórios elaborados pela diretoria de seleções da CBF. Para setembro, o time já deve refletir mais a “cara” do novo comandante.
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Com informações do Estadão