Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasilia

Após ouvir os depoimentos, a deputada Paula Belmonte ratificou a responsabilidade da Frente Parlamentar em Defesa da Revitalização e Requalificação da Área Central de Brasília

Por Redação

A necessidade de revitalização da área central de Brasília, na qual estão localizados equipamentos públicos e privados pelos quais circulam milhares de pessoas todos os dias, foi tema de uma Comissão Geral da Câmara Legislativa – quando a sessão ordinária é interrompida para receber convidados para debater temas relevantes –, nesta quinta-feira (10).

Logo no início, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) indicou o objetivo do evento: “Estamos aqui para escutar”. Nessa linha, representantes do Governo do Distrito Federal e de vários setores da iniciativa privada, desde shoppings centers a quiosques, bem como moradores das regiões próximas, se sucederam apresentando problemas e sugestões para resolvê-los.

Da parte do GDF, por exemplo, o diretor de Edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies, relatou melhorias que vêm sendo realizadas nos equipamentos públicos e nas vias da localidade. Enquanto o administrador do Plano Piloto, Valdemar Araújo de Medeiros, anunciou licitação para a ocupação de espaços comerciais desativados, como é o caso de cerca de 70 lojas na Galeria dos Estados.

Sobre a área de segurança pública, o secretário executivo da pasta, Alexandre Patury, além de discorrer sobre a complexidade do fenômeno “crime”, falou das ações dirigidas àquela área, especialmente ao Setor Comercial Sul (SCS). Já o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, Major Almeida Santos, acrescentou que a PM está presente no local 24 horas, sete dias por semana.

 O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, acrescentou que a “dinamização da zona central da cidade não poderá ser sobrepor ao ser humano”. Ele informou que a secretaria “tem um olhar atento àquelas áreas”, devido à quantidade de equipamentos culturais sob sua responsabilidade, inclusive chamando atenção para a manutenção do tombamento.

De modo geral, os representantes dos setores público e privado concordaram sobre a necessidade de um plano multidisciplinar para abranger todas as faces da questão. O presidente da Associação Comercial do DF, Fernando Brites, destacou que a região “já foi o principal ambiente de negócios de Brasília” e sugeriu a concessão de benefícios para empresas que se instalem no SCS. Contudo, condenou a instalação de uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) no local.

Iniciativa defendida, entre outros, pela assistente social Danielle Sanches, que atribuiu a presença de pessoas em situação de rua na área à falta de políticas públicas. “A oportunidade é que faz a diferença”, prescreveu. Também criticou ideias “higienistas” que possam ser aplicadas no setor.

Por sua vez, o representante da Associação Brasileira de Shoppings Centers, Guilherme Soares, salientou que há vários desses grandes centros comerciais instalados na zona central de Brasília. Por isso, sugeriu que haja segurança e acesso facilitado. “Problemas no asfalto, por exemplo, afastam os visitantes”, argumentou.

Representantes de associações de permissionários da Rodoviária do Plano Piloto, da Galeria dos Estados, bem como de quiosques e trailers, demonstraram contrariedade com a possibilidade de privatização de espaços da área central. Também solicitaram que os empresários desses setores sejam ouvidos sobre a ideia, antes que as parcerias público-privadas seja colocada em prática pelo GDF.

Após ouvir os depoimentos, a deputada Paula Belmonte ratificou a responsabilidade da Frente Parlamentar em Defesa da Revitalização e Requalificação da Área Central de Brasília e da Via W3, da qual é presidente, lançada na ocasião. “Há questões históricas envolvidas. Mas, é preciso lembrar que a geração de emprego trará oportunidades”, declarou.

Com Ag. CLDF

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