Por Redação 

O ex-presidente Lula está preocupado e Bolsonaro encontrou uma fagulha de otimismo. É o que se percebe nas páginas da imprensa do fim de semana, não por uma reportagem, mas pelo que está espalhado em diversas colunas e pequenas notícias soltas, todas relacionadas. 

“O PT ligou seu sistema de alerta diante da conjunção de um incompreensível clima de já ganhou com um inexplicável salto alto”, escreve Elio Gaspari numa nota assim, de uma só frase, no Globo e na Folha de domingo.

É Bruno Boghossian quem explica. “Em duas conversas recentes”, ele afirma, “Lula disse que era preciso tratar como certa uma recuperação de Jair Bolsonaro nos próximos meses.” O ex-presidente observa que os números de aprovação do governo pararam de cair e o Auxílio Brasil, que começou a ser distribuído, deve aliviar a economia para os mais pobres. O petista também acha que dificilmente o núcleo duro dos apoiadores de Bolsonaro deixará o presidente. 

Isto afeta diretamente a estratégia para a vitória. “Lula tem a leitura de que as eleições de 2022, de todas as cinco que disputou a presidente, é a que ele mais terá que caminhar ao centro”, revela Guilherme Amado. Em suas contas, o número de pessoas que pretendem votar no centro e na direita é muito superior ao de eleitores da esquerda. Ele precisará ser percebido como um candidato moderado. Só que parte da esquerda não compreende este movimento. 

Em janeiro, aliás, Lula teve uma conversa com Fernando Henrique. Entre os assuntos, a vice de sua chapa para Geraldo Alckmin. FHC aprova a ideia e, conta Lauro Jardim, nunca dirá isso em público. 

O colunista Lauro Jardim ouviu de dentro do Planalto que o clima volta a ser de otimismo. Com base nas pesquisas que têm em mãos, quem é próximo de Bolsonaro põe fé que o presidente pode ultrapassar o petista em junho. 

Os comandos das duas campanhas podem estar vendo cenários diferentes, mas a direção do movimento nas pesquisas que enxergam é a mesma. Um de que a corrida vai ficar mais apertada. O que pode explicar uma transição que começa a tomar corpo na terceira via — e ela começa com a primeira federação partidária ganhando cara. O Cidadania aprovou se juntar ao PSDB. Falta, ainda, que os tucanos aprovem o acordo. Deve acontecer. A esperança é de que a federação crie a maior força partidária brasileira, unindo ainda MDB e União Brasil. 

Outro fator importante nestas eleições, é a busca pelos votos dos evangélicos que podem decidir uma eleição. Na opinião de especialistas, se Bolsonaro insistir no Pr. Silas Malafaia como representante do segmento, a tendência de muitos líderes é migrar para uma terceira via ou até mesmo cair no colo de Lula. A maioria das lideranças evangélicas do país não reconhece o Malafaia como representante do segmento. 

Da Redação do Agenda Capital e Meio

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