Cerca de 3 milhões de mulheres podem contrair o Câncer de Mama no período de 10 anos e os óbitos podem atingir até 700 mil mulheres.

Consulta Pública promovida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), para promover possível retardo em 10 anos, no rastreamento regular de prevenção e diagnóstico precoce do Câncer de Mama em mulheres.

Por Dr. Cid Carvalhaes*

De fato, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) muito mais protetora que reguladora dos Planos de Saúde, é Agência autônoma, como as demais, determina normas e regras do setor por meio das RN – Resoluções Normativas por ela emitidas. Promove-se anualmente, rastreamento em mulheres a partir dos 40 anos de idade, sob responsabilidade financeira dos Planos de Saúde – Operadoras.

Segundo dados da FEBRASGO – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia – corroborados pela Associação Brasileira de Mastologia, cerca de 40% dos cânceres de mama nas mulheres ocorrem em idade inferior a 50 anos, com índice de morte de aproximadamente 22% por esta patologia.

A população brasileira de mulheres na faixa etária entre 40 e 49 anos está estimada em, aproximadamente, 8 milhões. 40% dessas mulheres podem ser acometidas pela doença nesta faixa etária e 22% podem morrer em decorrência deste Câncer. São números alarmantes. Cerca de 3 milhões de mulheres podem contrair a doença neste período de 10 anos e os óbitos podem atingir até 700 mil mulheres, segundo dados estatísticos de previsibilidade. Única justificativa para restringir o rastreamento – LUCROS ABUSIVOS DAS OPERADORAS E PLANOS DE SAÚDE.

Vale dizer, que 8 milhões de mulheres sendo submetidas a rastreamento anual serão 80 milhões de exames na década. Quanta restrição de gastos em contra partida a exposição de tantas e tantas mulheres ao risco e consequências graves da doença.

Preceito biológico fundamental, conceito universal da Medicina, Prevenir é essencial. Projeções imaginativas, 700 mil mulheres passíveis de morte em idade produtiva, mães, esposas, filhas, irmãs, tias, sobrinhas, amigas e mais, estão contidas neste universo populacional. Pode-se mensurar o custo afetivo, amoroso, emocional, psicológico, de equilíbrio, entre outros, que este desastre pode provocar?

Saúde nunca poderá ser encarada como gasto. É um relevante investimento. Vamos preservar a integridade de Saúde das nossas queridas MULHERES brasileiras. NÃO, a esta provável proposta da ANS.

*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.

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