Médico ortopedista, ex-secretário de saúde pelo Mato Grosso do Sul, deputado em segundo mandato e idealizador da Frente Parlamentar da Medicina (FPMed), Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), foi o entrevistado desta quinta-feira (08) pelo presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

O presidente do Sindicato dos Médicos do DF, e suplente de deputado distrital, Gutemberg Fialho, entrevistou na noite desta quinta-feira (08), o deputado federal Luiz Mandetta (DEM-MS), que foi o idealizador da criação da Frente parlamentar da Medicina (FP-Med).

Ao ser perguntado qual seria o objetivo da criação desta nova frente parlamentar, Mandetta, disse que a partir da concepção, ela passa a ter prerrogativas quase iguais a de um bloco político, inclusive com preferências em marcação de agendas com ministros e outras autoridades, além de poder falar no plenário da Câmara em nome da causa que originou a criação da Frente Parlamentar, que é a medicina no Brasil.

Segundo o parlamentar de Mato Grosso do Sul, o mais importante não é somente a criação da “Frente”, dentro da Casa, mais sim o apoio das entidades representativas. Uma Frente Parlamentar que não tenha o apoio destas entidades, já nasce “natimorta”.

Sobre a representatividade da Frente Parlamentar da Medicina (FPMed), questionado pelo presidente do Sindmédico, o deputado Luiz Mandetta, ressaltou que: “fizemos a primeira reunião, chamando todas as entidades, todas as sociedades de especialidades, todos os conselhos regionais, todas as associações médicas, num total de 186 pessoas jurídicas que são os conselhos, associações, sindicatos, federações, sociedades de todas as especialidades”, explicou Henrique Mandetta.

Ao ser questionado por Gutemberg sobre o pequeno engajamento dos médicos nas questões políticas, o idealizador da Frente Parlamentar da Medicina, disse que “nós fomos formados sem nenhuma participação política. Nós passamos a ser uma massa de trabalhadores que não são respeitados”. Segundo o deputado, o grande desafio de uma frente parlamentar da medicina, é trazer o médico para a política.

Um dos assuntos relevantes durante a entrevista, foi a questão dos “Mais Médicos”.  Mandetta destacou que chega a ser humilhante um profissional de medicina, trabalhar longe de sua família e ainda por cima, não receber o seu salário, como é o caso dos médicos cubanos.  Além de que a preparação destes profissionais não passa pelo “Revalida”, o que é muito preocupante, declarou.

De acordo com o parlamentar, “sem uma política voltada para o incentivo do médico nas regiões mais distantes do país, fica difícil para o profissional almejar a mudança, pois não tem estímulo nenhum por parte do governo. O que falta é o governo criar uma carreira estruturante. Daqui a alguns anos vamos formar muitos médicos, e com certeza, a qualidade vai cair muito.

Segundo Gutemberg, sem carreira, e sem participação política, a qualificação vai ficar prejudicada. Falta hospitais universitários e não temos preceptores suficientes, que é um indivíduo responsável, na área médica, por conduzir e supervisionar, por meio de orientação e acompanhamento, o desenvolvimento dos médicos residentes nas especialidades de um hospital, disse o presidente do Sindmédico.

Veja entrevista completa abaixo:

http://www.sindmedico.com.br/2016/09/06/hoje-mandetta-e-o-entrevistado-da-tv-sindmedico/

Da Redação do Agenda Capital

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