Por Delmo Menezes

Não precisa nem continuar a frase. Existe um jargão de uma empresa de classificados via internet, que sugere a entrega de bens que se tornaram inúteis e desnecessários.

Examinando rapidamente o dicionário, você verá que a palavra desapega, tem vários significados, como: arrancar, arrebatar, desagarrar, despregar, extirpar, separar, descolar, desgrudar e por aí vai.

O desapego é um dos principais requisitos básicos para o equilíbrio físico, emocional e mental. O apegar-se, está relacionado ao passado, às coisas antigas ou retrógradas. A tendência do ser humano é se apegar as ideias, desejos, hábitos, atitudes, pessoas, cargos, status, objetos, etc.

No serviço público, observamos isso de uma forma muita clara. Existem pessoas, que para permanecer em determinados cargos, principalmente aqueles que lhes dão status e notoriedade, não medem as consequências, chegando a prejudicar uma instituição.

Na maioria das vezes, são fracos gestores, passam uma falsa imagem e tornam-se motivo de chacota, no ambiente de trabalho.

Recentemente ocorreu uma situação no Ministério da Saúde, onde o titular do cargo, não queria se exonerar em hipótese alguma. Somente depois de ver que a situação lhe era tranquila, mas não favorável, decidiu tomar uma decisão e pedir demissão do cargo.

É praxe no serviço público, quando o titular do cargo solicita exoneração ou é exonerado, sua equipe de confiança num gesto de grandeza, coloca os cargos a disposição, para que aquele que for indicado esteja à vontade para escolher sua equipe, inclusive seu substituto eventual.

Um caso típico a nível nacional, ocorreu com o desembarque do PMDB do governo Dilma. Praticamente todo os cargos de primeiro escalão, abortaram do governo, no momento em que a liderança capitaneada por Temer rompeu com o executivo.

No DF, assim como no restante do país, existem casos, onde gestores sem nenhuma capacidade, nem apelo técnico, insistem em permanecer no cargo, mesmo após a substituição da liderança, prejudicando a população, que é a parte mais frágil do processo. Na maioria das vezes, são indicações políticas, que mais atrapalham do que ajudam.

O forte apego a cargos, traz consequências avassaladoras, não somente a instituição e seus governantes, mas para si próprio, que talvez não esteja entendendo o contexto ou olhando ao seu redor.

Aquele que está agarrado ao “ego”, está vazio do “sagrado”. Aquele que se liberta do “ego”, descobre que sempre esteve repleto do “sagrado”.

Da Redação do Agenda Capital

1 COMENTÁRIO

  1. Todos os cargos públicos, principalmente em chefias, deveriam ser ocupados por funcionários de carreira, concursados e realmente preparados para o exercício dos mesmos, sem indicações políticas, sem apadrinhamentos ou “peixadas”… Todos maus gestores deveriam ser responsabilizados, rebaixados de posições de comando caso seus trabalhos não fossem condizentes e não surtissem bons efeitos para a sociedade… Esse clientelismo, corporativismo político, esses cabides empregatícios destroem a moral das instituições brasileiras, cria uns comboios de puxas sacos, baba ovos e gados marcados, jumentos empacados que usam antolhos voltados às fotos de seus padrinhos políticos!
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    “Fica mal com DEUS
    Quem não sabe dar
    Fica mal comigo
    Quem não sabe amar…
    … Vida que não tem valor
    Homem que não sabe dar
    Deus que se descuide dele
    O jeito a gente ajeita
    Dele se acabar…”
    (Fica Mal Com DEUS – Geraldo Vandré)
    —————————-
    https://www.letras.mus.br/geraldo-vandre/523382/

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