
Mais da metade dos medicamentos eram vacinas para o combate a Covid-19. Também há imunizantes para prevenir meningite, febre amarela e pneumonia
Por Redação
Em um país com graves problemas de saúde pública, a notícia divulgada pelo portal Metrópoles de que milhões de doses de vacinas foram descartadas por estarem vencidas causa indignação e revolta. Segundo dados oficiais, o Ministério da Saúde incinerou, em 2024, mais de 10,9 milhões de doses de imunizantes, sendo a maior parte destinada à prevenção da Covid-19.
A situação é ainda mais grave quando se considera que outros 12 milhões de doses, incluindo 9 milhões da Janssen, já venceram e aguardam a incineração. Esse desperdício de recursos públicos e a perda de oportunidades para proteger a população são um duro golpe para o sistema de saúde brasileiro.
Vacinas incineradas em 2024

Desinformação e falhas na gestão
O Ministério da Saúde atribui parte do problema às campanhas de desinformação que minaram a confiança da população nas vacinas, especialmente contra a Covid-19. No entanto, especialistas apontam que a gestão ineficiente do programa de imunização também é responsável por esse cenário. A compra de vacinas com prazos de validade curtos, a falta de planejamento e a logística inadequada contribuíram para o descarte em massa de doses.
O desperdício de vacinas tem consequências diretas para a saúde pública. A baixa cobertura vacinal aumenta o risco de surtos de doenças preveníveis, sobrecarrega o sistema de saúde e pode levar ao retorno de doenças erradicadas. Além disso, a perda de vidas causada pela falta de imunização é um custo social incalculável.
O que está sendo feito?
O Ministério da Saúde afirma estar tomando medidas para reduzir o descarte de vacinas, como a adoção de cláusulas de troca para lotes próximos à validade e o monitoramento contínuo dos estoques. No entanto, essas ações parecem insuficientes diante da magnitude do problema.
Para reverter esse quadro, é fundamental:
- Fortalecer a comunicação sobre a importância da vacinação: É preciso investir em campanhas educativas que combatam a desinformação e promovam a confiança nas vacinas.
- Melhorar a gestão do programa de imunização: A compra, o armazenamento e a distribuição de vacinas devem ser planejados de forma mais eficiente, evitando o desperdício.
- Aumentar a transparência: A população precisa ter acesso a informações claras e precisas sobre a vacinação, como a quantidade de doses adquiridas, os locais de armazenamento e os índices de cobertura vacinal.
- Investir em pesquisa e desenvolvimento: É preciso buscar novas tecnologias e estratégias para melhorar a produção, o armazenamento e a distribuição de vacinas.
- Cobrar dos governantes: A sociedade civil deve pressionar os governantes para que adotem medidas efetivas para combater o desperdício de vacinas e garantir o acesso da população à imunização.
O que diz o Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde explicou que as vacinas da Covid-19 são o principal alvo de campanhas sistemáticas de desinformação, o que gera “desconfiança sobre a eficácia e segurança do imunizante, impactando a adesão da população”.
“Para evitar desperdício e garantir proteção máxima, na compra da vacina contra Covid-19 deste ano, o Ministério da Saúde adotou inovações: entrega parcelada por parte do laboratório contratado conforme a demanda apresentada pela pasta e possibilidade de troca pela versão mais atual aprovada pela Anvisa”, acrescentou a pasta.
O Ministério da Saúde também informou que o Programa Nacional de Imunizações adota “práticas como cláusulas de troca para lotes próximos à validade, contratos plurianuais para gestão eficiente, monitoramento contínuo dos estoques e reuniões mensais com laboratórios para ajuste de cronogramas”.
“Cabe informar ainda que perdas percentuais mínimas são previstas mundialmente na construção de políticas públicas de saúde pela necessidade de reserva técnica”, finalizou.
O descarte de milhões de doses de vacinas é um crime contra a saúde pública. É preciso agir agora para evitar que esse cenário se repita e garantir que todas as pessoas tenham acesso às vacinas que precisam para proteger sua saúde e a de seus familiares.
É importante destacar que a inclusão de dados precisos, entrevistas com especialistas e a utilização de uma linguagem clara e objetiva são fundamentais para a produção de um material de qualidade.
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Da Redação do Agenda Capital
Antes fazer compra pra alimentar os cofres da Indústria deveria ter feito uma audiência público,quem tinha interesse na vacina comprava apenas pra aquele público realmente iria toma