Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia, durante cotação de Calamidade Pública- Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Por Redação 

Em fevereiro, a Câmara dos Deputados terá de eleger o presidente. Há 513 deputados em Brasília. E quem frequenta as manchetes como principal alternativa a Maia é Arthur Lira. Ele disputa o comando da Câmara com o apoio de Jair Bolsonaro.

A estratégia do governo é não mergulhar de cabeça na campanha, mas trabalhar discretamente para garantir votos para Lira. Auxiliares de Bolsonaro cogitam até a possibilidade de distribuir espaço na Esplanada dos Ministérios para garantir apoio para o deputado alagoano.

Enquanto Arthur Lira (PP-AL) já está em campanha aberta pela presidência da Câmara, com o apoio do Planalto, o grupo do atual ocupante do cargo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parece cada vez mais dividido. Como ninguém quer abrir mão da própria candidatura, o cenário mais provável é a divisão em até três nomes, com um deles disputando o segundo turno contra Lira.

O vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), ameaça sair do grupo de Maia e lançar candidatura avulsa, abrindo um racha no bloco. Pereira está insatisfeito com o que considera predileção de Maia por outros pré-candidatos à sucessão na Câmara, como os deputados Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). “Não aceito entrar em jogo jogado”, disse ele ao Estadão.

Líderes de seis partidos anunciaram nesta semana a formação de um novo bloco na Câmara dos Deputados a partir de 2021. De olho na disputa pelo comando da Casa, o grupo formado por DEM, PSL, MDB, PSDB, Cidadania e PV reúne 147 deputados.

O grupo de Maia havia acertado que a escolha do candidato do bloco à presidência da Câmara seria feita até o dia 15. Além de Pereira, que ameaça sair do grupo, estão nessa lista os deputados Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB) e Luciano Bivar (PSL-PE). Ribeiro é do mesmo partido de Lira e sua eventual entrada no páreo poderia provocar outra crise política.

Da Redação do Agenda Capital 

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