Enfermeiro e doador assíduo, Vinícius Alves conheceu de perto o trabalho e a rotina dos servidores que se dedicam diariamente a salvar a vida de quem mais precisa. Foto: Geovana Albuquerque / Agência Brasília

Enfermeiro e doador assíduo, Vinícius Alves vivenciou a rotina dos servidores que se dedicam diariamente a salvar vidas

Por Redação

Doar sangue é um gesto de solidariedade capaz de salvar vidas, mas poucas pessoas conhecem os bastidores desse processo tão essencial. Nesta terça-feira (22), o enfermeiro Vinícius Alves, 28 anos, doador frequente e vencedor de uma ação promovida nas redes sociais da Fundação Hemocentro de Brasília, teve a oportunidade de acompanhar de perto o caminho percorrido pelo sangue desde a coleta até a distribuição aos hospitais.

Vinícius participou de uma visita guiada exclusiva ao setor de Processamento e Distribuição de Hemocomponentes da instituição. “Eu sabia que não era simples, mas não fazia ideia da complexidade, do rastreio tão específico, desde qual profissional coletou até em qual máquina foi utilizada”, contou.

Acompanhado pela companheira Victoria Rocha, 28, também enfermeira, ele percorreu, durante cerca de uma hora, as etapas que garantem a qualidade e a segurança dos hemocomponentes distribuídos à rede pública e aos hospitais conveniados do Distrito Federal.

Enfermeiro e doador assíduo, Vinícius Alves conheceu de perto o trabalho e a rotina dos servidores que se dedicam diariamente a salvar a vida de quem mais precisa. Foto: Geovana Albuquerque / Agência Brasília

Doação à transfusão: um processo minucioso

O tour começou com a observação do repouso das bolsas de sangue recém-coletadas e seguiu por etapas como:

  • Centrifugação: separação dos componentes (hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado);
  • Rotulamento e exames: sorológicos e imunohematológicos para garantir a segurança;
  • Armazenamento: em câmaras frias ou congeladas, conforme a necessidade;
  • Logística: organização para atendimento de demandas, inclusive emergenciais.

“Sou doador há mais de 10 anos, e é muito interessante conhecer, porque não fazia ideia de que o prédio era tão grande, com tantas áreas específicas, como aqui no subsolo. A gente fica focado na parte do doador e não tem noção de toda a estrutura e dos profissionais envolvidos”, destacou Vinícius.

Foto: Geovana Albuquerque / Agência Brasília

Rigor técnico e segurança

Victoria também se surpreendeu com os cuidados em cada etapa. “A gente já tinha noção de que não era simplesmente pegar o sangue e levar para o hospital, mas não sabia que era tão específico. São muitas fases para garantir que o sangue chegue com segurança ao paciente”, afirmou.

Todo o processo é rigorosamente monitorado, com códigos que preservam o anonimato dos doadores e permitem o rastreamento das bolsas até a transfusão. A visita também incluiu a demonstração de procedimentos específicos, como a irradiação de bolsas, necessária para alguns pacientes.

O presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto. Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

presidente do Hemocentro de Brasília, Dr. Osnei Okumoto, destacou a importância dos testes sorológicos e imuno-hematológicos no processo de doação de sangue. ““Os rigorosos testes que protegem doadores e receptores são um dos nossos focos na etapa de exames, essenciais para a segurança de todos”, afirmou Okumoto.

Valorização do serviço público e incentivo à doação

Para Fábio de França, diretor do setor, abrir as portas do Hemocentro aos doadores é fundamental. “No imaginário de muitos, o processo parece simples, mas é bastante complexo. São muitos profissionais qualificados e dedicados, trabalhando para garantir a qualidade do hemocomponente que vai atender o paciente — que é a nossa razão de existir”, explicou.

O setor de Processamento e Distribuição conta com cerca de 20 profissionais por turno e funciona 24 horas por dia. “Convidar o doador para conhecer esse trabalho fortalece vínculos, valoriza o serviço público e incentiva o voluntariado. É uma excelente forma de fidelizar e multiplicar essa rede do bem”, destacou Fábio.

Como doar sangue no Hemocentro de Brasília

Para ser um doador, é necessário:

  • Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos pais);
  • Pesar mais de 51 kg e ter IMC igual ou superior a 18,5;
  • Estar bem alimentado (não é necessário jejum);
  • Ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior;
  • Não ter ingerido álcool 12 horas antes ou fumado 2 horas antes da doação.

O agendamento é obrigatório e pode ser feito pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160 (opção 2).

O Hemocentro de Brasília fica no Setor Médico Hospitalar Norte (próximo ao HRAN e à Fepecs) e funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h.

Doe sangue. Sua doação pode salvar até quatro vidas.

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Da Redação do Agenda Capital

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