“Assim como a natureza se renova a cada estação, nós também devemos estar abertos a mudanças e novas possibilidades”.

Por Delmo Menezes*

O fim do verão marca não apenas uma mudança de estação, mas também um momento de reflexão sobre o que passou e o que está por vir. No Brasil, as Águas de Março simbolizam esse período de transição de forma poética e profunda, como cantado na famosa música de Tom Jobim: “É pau, é pedra, é o fim do caminho”. Essa letra, carregada de sensibilidade, é mais do que uma descrição da mudança de estação, é um chamado à reflexão e à ação.

Além de seu significado climático, as Águas de Março nos convidam a uma reflexão política sobre os rumos da sociedade. Essa época do ano nos lembra da importância de renovar não apenas o ambiente natural, mas também as estruturas sociais e políticas que moldam nossas vidas. De fato, às Águas de Março deveriam lavar consciências, limpar mazelas, deixar espaço espaços para desenvolver inteligências, levar em enxurradas desmandos constantes, misoginias, preconceitos, violências com o Estado de Direito, enfim, muito mais pau e pedra do que qualquer alternativa lúcida e coerente.

A expressão popular “o ano só começa depois do Carnaval” reflete essa percepção de que o período entre o Natal e o Carnaval é uma espécie de pausa, um tempo de festas e celebrações, mas também de reflexão. É só quando as Águas de Março chegam que percebemos que é hora de retomar as atividades, de colocar em prática os planos e projetos traçados no início do ano.

Além disso, as Águas de Março nos lembram da importância da renovação e da transformação. Assim como a natureza se renova a cada estação, nós também devemos estar abertos a mudanças e novas possibilidades. É hora de abandonar o que já não serve mais, de nos desapegarmos do passado e olharmos para o futuro com esperança e determinação.

Por fim, que a chuva que cai lá fora traga consigo não apenas a água que irriga a terra, mas também a energia e a vitalidade que precisamos para enfrentar os desafios que virão pela frente.

Que as Águas de Março sejam mais do que um fenômeno meteorológico; que sejam um convite à transformação, à justiça e à construção de um futuro melhor para todos.

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*Delmo Menezes – Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo, especialista em relações institucionais com experiência e participação política.

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