Autoridade sênior do governo dos EUA alertou para “graves consequências” caso isso ocorra
Por Redação
O Irã está se preparando para lançar um ataque com mísseis balísticos contra Israel nas próximas horas, de acordo com uma autoridade sênior do governo dos EUA, que alertou nesta terça-feira, 1, sobre as “graves consequências” caso isso ocorra. A autoridade, que falou sob condição de anonimato para discutir o assunto, disse que os EUA estão apoiando ativamente os preparativos defensivos israelenses.
As autoridades, que falaram sob condição de anonimato devido à delicadeza do assunto, disseram que o alcance do possível ataque iraniano não era claro, mas poderia envolver uma combinação de drones e mísseis não tripulados.
O possível ataque iraniano ocorre em um momento em que as autoridades israelenses aumentaram as restrições de circulação em Jerusalém e Tel-Aviv, as principais cidades do país.
Na segunda-feira, 30, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmam que soldados israelenses cruzaram a fronteira com o Líbano com o objetivo de destruir a infraestrutura da milícia xiita radical libanesa Hezbollah.
O Exército disse que um contingente de 10 mil soldados está participando de operações “limitadas” dentro do Líbano. Segundo Tel-Aviv, Israel optou por operações terrestres no país vizinho para que os moradores do norte do país possam voltar para suas casas sem o risco de foguetes do Hezbollah. Cerca de 60 mil pessoas foram deslocadas do norte de Israel por conta da escalada de tensões.
As FDI também pediram o deslocamento de cidadãos libaneses de comunidades próximas da fronteira com Israel por conta do aumento da atividade militar.
Ataque iraniano
Ainda não está claro como o Irã atacaria Israel. Segundo o jornal The New York Times, três autoridades israelenses afirmaram que o ataque envolveria drones não tripulados e mísseis disparados contra Israel. Já uma autoridade americana disse que o ataque poderia envolver mísseis balísticos.
Qualquer ataque aumentaria significativamente o risco de uma guerra total entre Israel e o Irã, incluindo o chamado “eixo da resistência” do Irã, composto pelo Hezbollah, o grupo terrorista Hamas, os Houthis no Iêmen e milícias na Síria e no Iraque.
As tensões se expandiram no último mês e tiraram o foco da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, por conta de uma troca de ataques mais intensa com o Hezbollah, seguida das explosões de pagers e walkie-talkies de membros da milícia, uma ação atribuída a Tel-Aviv, e a morte do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, após um bombardeio israelense no subúrbio de Beirute na semana passada.
Teerã tem enfrentado uma pressão crescente para ajudar o Hezbollah, mas está calculando os riscos de uma ação militar mais agressiva contra Israel por conta de possíveis retaliações que poderiam destruir o seu programa nuclear ou matar membros importantes da teocracia.
Três autoridades israelenses destacaram que os iranianos atacariam três bases militares e um quartel-general de inteligência em Tel-Aviv.
Ataque do Irã em Abril
O dia 13 de abril ficou marcado para Israel. Pela primeira vez os cidadãos do país se abrigaram em bunkers por conta de um ataque direto do Irã contra o território israelense.
A magnitude do ataque organizado pelo país persa surpreendeu e o tamanho do arsenal militar iraniano chamou atenção. A ofensiva do Irã contou com 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos. Este foi o maior ataque realizado pelo Irã em sua história e o maior com o uso de drones efetuado por qualquer país.
O ataque contraIsrael ocorreu em retaliação a um bombardeio aéreo atribuído a Tel-Aviv que matou sete pessoas, incluindo dois oficiais da Guarda Revolucionária do Irã, no dia 1 abril na embaixada do país em Damasco.
Siga o Agenda Capital no Instagram>https://www.instagram.com/agendacapitaloficial
Com AP e NYT