Estádio Mané Garrincha. Foto; Reprodução

Roni, ex-jogador do Fluminense e da seleção foi preso juntamente com presidente da Federação de Futebol do DF, Daniel Vasconcelos.

Por Redação

Uma operação da Polícia Civil no Distrito Federal prendeu há pouco o ex-jogador do Fluminense e da Seleção Brasileira, Roni, durante o jogo entre Botafogo e Palmeiras, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Também foi detido o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos.

A prisão ocorreu após investigação sobre um grupo criminoso especializado em fraudar o erário na realização de jogos. Há suspeitas de inclusão de dados falsos no borderô, que são os boletins financeiros dos jogos.

Segundo os investigadores, o grupo informava um valor de arrecadação menor para pagar menos impostos e um aluguel menor pelo estádio, em Brasília.

A prisão, feita pela Coordenação Especial de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF foi em um dos camarotes do estádio. A operação, chamada de Episkiros, uma referência ao jogo com bola criado na Grécia antiga e que deu origem ao futebol moderno – e também por significar “jogo enganoso”, disseram os agentes.

A 15ª Vara Federal Criminal de Brasília autorizou o cumprimento de 7 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão neste sábado.

Foto; Reprodução WhastApp

A operação, embasada em inquérito policial instaurado na Dicot, visa reprimir a atuação de um grupo criminoso especializado em fraudar o erário na realização de jogos de futebol. De acordo com as investigações, os alvos elaboram os boletins financeiros (borderô) inserindo dados falsos. Informavam ainda a arrecadação a menor, conseguindo com isso pagar menos impostos e, no caso do Distrito Federal, valor inferior de aluguel do estádio, uma vez que tanto os tributos quanto o aluguel são calculados com base na arrecadação total.

Os mandados foram cumpridos na casa dos investigados, em empresas, na Federação Brasiliense de Futebol e no Estádio Nacional de Brasília. Os pontos estão distribuídos em Brasília, Luziânia e Goiânia. A investigação aponta indícios de ocorrência dos crimes de estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

O nome da operação — Episkiros — é uma referência ao jogo com bola criado na Grécia antiga que pode ter sido a origem do futebol moderno, bem como pelo  futebol moderno, bem como pelo fato da palavra episkiro poder significar jogo enganoso.

Mercado milionário
O ex-jogador Roniéliton Pereira Santos, que já passou em cinco jogos da Copa América pela Seleção Brasileira, é dono da empresa Roni7 Consultoria, fundada em 2012. O empresário costuma lucrar milhões com as partidas. Seu sócio, Leandro Brito, também foi preso. Ele tentou fugir, mas foi pego.

Em 2016, Roni foi o responsável pela produção de cinco dos oito jogos das quatro grande equipes cariocas. As partidas movimentaram R$ 7 milhões. No ano anterior, ele desembolsou R$ 1 milhão para oferecer um voo fretado e tentar convencer a diretoria do Cruzeiro a tirar o jogo da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de Brasília.

Inicialmente, a empresa era voltada para agenciar jovens jogadores, mas o contato com as grandes clubes fez com que Roni expandisse os negócios. A produtora passou a pagar as cotas dos clubes, as taxas das federações e custos como viagens, seguranças e funcionários envolvidos nos jogos. Roni divide a gerência dos negócios com o amigo Leandro Brito.

Roni se destacou em clubes como o Fluminense e o Rubin Kazan da Rússia. Atuou em cinco partidas pela seleção do Brasil de Vanderlei Luxemburgo, inclusive a vice-campeã na Copa das Confederações do México/1999.

Procurada, a Federação de Futebol do Distrito Federal ainda não se manifestou.

Da redação com informações do G1 e Metrópoles

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