Nesta quarta-feira (04), o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou que o governo estadual do Amazonas, tinha a informação da possibilidade de fugas entre o Natal e o Ano Novo nos presídios amazonenses, e que não pediu auxílio ao governo federal para evitá-las.

Apontada como responsável pelo massacre, a FDN abriga 98% da população carcerária do Estado, segundo o Serviço de Inteligência da polícia do Amazonas, e é aliada do Comando Vermelho (CV).

Após o massacre, o governo do Amazonas decidiu reativar uma cadeia para transferir e manter em segurança detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), organização rival do CV. Os detentos ligados à facção paulista estão recebendo ameaças.

Silêncio de Temer

Mais de 48 horas após o massacre de presos no Amazonas, o presidente Michel Temer mantém silêncio público e não se pronunciou oficialmente sobre a matança que vitimou 56 pessoas na segunda-feira (2).

A demora do peemedebista não se verificou, contudo, na chacina ocorrida no sábado (31) em Campinas (a 93 km de São Paulo) que deixou 12 pessoas mortas. No dia seguinte, ele fez questão de lamentar o ocorrido nas redes sociais e manifestar pesar às famílias envolvidas.

Na segunda, questionado pela imprensa, o Palácio do Planalto informou que o Ministério da Justiça se pronunciaria sobre o ocorrido.

No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, divulgou uma nota pública informando que entrou em contato com o governador do Amazonas, José Melo, e ofereceu reforço das Forças Nacionais.

Guerra entre facções

Segundo autoridades que investigam o crime organizado, a medida apenas encerra um capítulo da guerra declarada entre o PCC e o CV. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, berços desses grupos, respectivamente, a atenção sobre os líderes dentro das cadeias foi redobrada, para evitar represálias pelo País.

O receio do Palácio do Planalto é de que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) iniciem uma série de retaliações em outras unidades prisionais do país, uma vez que a maioria dos mortos são da facção criminosa.

A rebelião foi motivada por uma briga entre as facções Família do Norte e PCC. De acordo com as investigações, ela foi comandada pela Família do Norte.

Da Redação com informações da Folha/Estadão

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