Partidos que respaldam Rollemberg acreditam que, sem isso, crescerá o risco de fracasso na eleição de 2018

O governo Rollemberg tem até novembro de 2016 para deslanchar ou fracassará nas urnas em 2018. Esta é a avaliação de líderes do PSB, PDT e Rede Sustentabilidade, legendas importantes da base governista. Se o governo não entregar resultados consistentes até essa marca, dificilmente terá musculatura para uma campanha competitiva. Segundo as lideranças, o principal adversário do Buriti é a burocracia.

“Se nós não ganharmos 2016, vamos perder 2018 e 2022. E a gente só ganhará se fizer uma revolução interna, reestruturando, revisando procedimentos administrativos. São vários os órgãos que trabalham para apenas se auto-sustentar. E eles precisam trabalhar para entregarmos resultados para a sociedade e não para eles mesmos”, afirma o presidente regional do PSB, Antônio Fúcio.

Do ponto de vista do representante da sigla do governador, o Buriti não está dando sinais palpáveis de  reformulação para combater a democracia. “Os atuais secretários foram engolidos pela máquina”, alertou.

O presidente regional do PDT, Georges Michel, também considera que Rollemberg precisa correr contra o relógio nos próximos meses. “2017 é um ano de campo aberto em que o GDF deveria apresentar resultados. 2018 será tomado pelas campanhas”, ponderou.

O porta-voz da Rede, Pedro Ivo, classifica 2016 como decisivo para o GDF. Afinal com dois anos de governo, a população não aceita mais a justificativa da “herança maldita” para o baixo desempenho dos órgãos públicos. Ivo considera que este é o ano chave para Rollemberg para equacionar a  burocracia com mecanismos modernos, transparentes e com gestão informatizada.

Aposta na Secretaria das Cidades

A  secretaria das Cidades é uma das principais apostas do GDF. Ela organizará os esforços das administrações regionais, atualmente vistas como cabides de empregos. O governo espera entregar a pasta ao PSB.

Três nomes são citados para ocupar o posto: o subsecretario de Relações Institucionais, Igor Tokarski; o secretário de Mobilidade, Marcos Dantas e; o administrador de Brasília, Marcos Pacco.

Tokarski seria a primeira escolha de Rollemberg que, com isso, poderia acomodar o assessor José Flávio no controle  das Relações Institucionais. O movimento foi interrompido pelo grupo político de Pacco, sob o argumento que ele teve uma votação mais expressiva em 2014. Enquanto Pacco teve 27.966 votos, Tokarski acumulou  7.161.

marcus dantasA situação embolou de vez quando deputados distritais e  alas do PSB começaram a defender que o novo secretário não deve ter sido candidato em 2014, pois poderia entrar em rota de colisão com os parlamentares uma vez que eles indicam os administradores regionais.  Chegou-se então à Marcos Dantas.

No entanto, Dantas, aliado de primeira hora de Rollemberg, começou o governo à frente das Relações Institucionais e passou para a pasta Mobilidade Urbana. Uma nova mudança seria um desgaste político, principalmente pelo fato de que ele pretende apresentar resultados nos próximos meses. Rollemberg e o núcleo duro do governo, ainda trabalham veladamente nomes poucos conhecidos como alternativas.

Fonte: Jornal de Brasília / Francisco Dutra

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