Banco do Brasil. Foto: Reprodução

Ministro da Economia está avaliando os nomes dos possíveis sucessores de Rubens Novaes, que pediu demissão da presidência do BB 

Por Redação*

O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer alguém “mais jovem e dinâmico” e que “aguente o tranco” para assumir a presidência do Banco do Brasil (BB) na saída de Rubens Novaes. O ministro entende que o cargo requer alguém disposto a encarar as inovações do sistema financeiro e também a pressão política de Brasília. Porém, segue com vários nomes na mesa.

O perfil moderno e resiliente está no radar de Guedes porque o próprio Rubens Novaes, ao pedir demissão da presidência do BB na última sexta-feira, disse que a instituição agora deveria ser dirigida por um executivo jovem, afinado com as transformações tecnológicas do sistema financeiro. Ele também revelou, contudo, cansaço com o “ambiente poluído” de “privilégios, compadrio, corrupção e privilégios” de Brasília. E já havia se mostrado incomodado com os embates sobre os gastos de publicidade e a privatização do banco. Por isso, agora o ministro da Economia quer alguém com fôlego e disposição para travar esses debates.

Paulo Guedes não descarta uma solução caseira para encarar essa missão. Por isso, vice-presidentes do BB estão na lista de possíveis sucessores, como Mauro Ribeiro Neto (Corporativo), Carlos Hamilton (Gestão Financeira e Relação com Investidores), Walter Malieni (Negócios de Atacado) e Carlos Motta (Varejo). O presidente do Conselho de Administração do BB, Hélio Magalhães, também aparece no páreo. Mas nomes de fora do BB também estão sendo cotados, como o presidente do Conselho de Administração do BNDES, Marcelo Serfaty, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Guimarães chama atenção porque é querido por Guedes e pelo presidente Jair Bolsonaro e ganhou visibilidade nacional na pandemia com o auxílio emergencial – ao contrário do BB, que foi criticado pela demora em começar a oferecer apoio às pequenas empresas. Porém, já disse a alguns interlocutores que estava feliz e focado na Caixa.

Por isso, fontes do BB acreditam que o vice-presidente Mauro Neto pode se sair bem nessa disputa. Isso porque Mauro tem se destacado internamente com a gestão de pessoas e tem experiência no serviço público. É jovem e bem preparado. Por isso, poderia se encaixar na ideia de modernização do BB. E, por outro lado, também já atuou com desestatizações. Logo, poderia continuar tocando a agenda liberal de Guedes e Novaes.

De acordo com uma fonte, outro nome que está no radar do Planalto é de Paulo Henrique Costa, presidente do BRB e funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal. Paulo Henrique tem se destacado à  frente do Banco de Brasília com uma gestão eficiente, projetando o BRB a nível nacional, principalmente depois da parceria com o Flamengo.

Assessor especial

O destino de Rubens Novaes, por outro lado, já está decidido. O economista vai voltar ao Rio de Janeiro como desejava, mas vai continuar na equipe econômica, como assessor especial do Ministério da Economia. “Ele é muito amigo de Paulo Guedes e é bem entrosado com os economistas locais”, contou uma fonte da equipe econômica.

*Com informações do Correio e Agenda Capital 

1 COMENTÁRIO

  1. Constitucionalmente falando, ordem ilegal não deve ser cumprida, venha de onde vier, de quem vier. A censura imposta pelo ainda ministro é ilegal, apontam vários juristas. Eu imagino que o ministro já deu vários tiros no próprio pé, não tarda cair, é a minha opinião isenta !!!

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