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O anúncio do primeiro-ministro acontece um dia após o Palácio de Buckingham revelar que a rainha Elizabeth 2ª, de 95 anos, testou positivo para covid

Por BBC News

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se prepara para anunciar nesta segunda-feira (21/2) o fim de todas as restrições referentes à pandemia de coronavírus na Inglaterra, como a obrigação de isolamento para pessoas que testam positivo para covid.

A previsão é que o primeiro-ministro deve se reunir com sua equipe pela manhã e anunciar o plano no Parlamento durante a tarde. Seu anúncio deve se restringir à Inglaterra, já que as outras três nações do Reino Unido — Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales — possuem alguma autonomia para definir suas próprias regras.

Johnson disse que o fim das restrições “marca um momento de orgulho à medida que começamos a aprender a viver com a covid”.

Johnson disse que seu plano para pôr fim às medidas especiais de pandemia levaria a sociedade “a um retorno à normalidade” após “um dos períodos mais difíceis da história do nosso país”.

Ele afirmou que o que considera um sucesso do programa de vacinação contra a covid colocou a Inglaterra em uma “forte posição para considerar o fim das restrições legais remanescentes”.

O governo britânico diz que a pandemia “não acabou” e que o plano para “viver com Covid” adotará uma “abordagem cautelosa” que manterá “alguns sistemas de vigilância e planos de medidas de contingência que podem ser acionados, se necessário, para responder a novas variantes”.

Uma decisão polêmica

A covid não é mais uma ameaça excepcional à vida dos britânicos. Apesar da enorme onda de infecções, os números de mortes nos últimos meses foram semelhantes ao de um inverno normal.

A maioria das pessoas concorda que algum tipo de redução das medidas contra covid é necessário, mas isso precisa ser feito com cuidado.

Durante a pandemia, 37 bilhões de libras (R$ 260 bilhões) foram reservados para teste e rastreamento. Esta é uma soma enorme.

O teste de PCR em massa deve ser abandonado, segundo os novos planos que serão anunciados. Eles serão mantidos em hospitais para diagnosticar pacientes gravemente doentes e para observar o surgimento de novas variantes.

Muitos acreditam que a pesquisa de vigilância do Office for National Statistics pode ser feita em menor escala, mas é essencial ter alguma forma de verificar como o vírus está se espalhando.

Uma decisão mais difícil a ser tomada é sobre os testes rápidos de antígeno, que no Reino Unido são gratuitos para a população. Esses testes serão vitais para controlar o vírus em ambientes de alto risco, como lares de idosos. Mas até que ponto o governo continuará disponibilizando-os gratuitamente ao público em geral? Essa é uma decisão difícil e polêmica.

Pouco mais de 91% das pessoas no Reino Unido com 12 anos ou mais receberam a primeira dose de uma vacina, 85% receberam a segunda e 66% receberam a terceira dose de reforço, segundo dados oficiais.

Crianças entre cinco e 11 anos na Inglaterra ainda não foram vacinadas — isso começará apenas em abril. Isso também vai acontecer na Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia.

O anúncio do primeiro-ministro acontece um dia após o Palácio de Buckingham revelar que a rainha Elizabeth 2ª, de 95 anos, testou positivo para covid. A monarca espera continuar com “tarefas leves” em Windsor durante a semana, segundo um comunicado oficial.

Da Redação com informações da BBC News

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