O sindicato alega que a categoria tenta negociar com o governo desde o início do ano
Por Redação
A Justiça do Distrito Federal, por meio de decisão da desembargadora Lucimeire Maria da Silva, considerou ilegal o movimento paredista dos professores da rede pública do DF, previsto para iniciar na próxima segunda-feira, 2 de junho. A medida, divulgada nesta quinta-feira (29/05), impõe uma multa diária de R$ 1 milhão ao Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) caso a paralisação se concretize, além de determinar o corte de ponto dos professores grevistas.
A decisão judicial atende a um pedido de tutela provisória de urgência e reconhece a “abusividade da deflagração da greve aprovada em assembleia pelo Sinpro-DF”, exigindo que as providências para a paralisação anunciada sejam imediatamente cessadas.
Tentativa de acordo e conquistas anteriores
A Secretaria de Educação do DF informou que, na quinta-feira (29), a desembargadora relatora recebeu procuradores da Procuradoria-Geral do DF (PGDF) e o advogado do Sinpro-DF. Durante o encontro, o sindicato propôs suspender a greve caso o governo aceitasse reabrir as negociações. Segundo a pasta, o GDF aceitou a proposta, mas o sindicato “apresentou novas exigências, inviabilizando o acordo naquele momento”.
A Secretaria de Educação, chefiada por Hélvia Paranaguá, enfatizou as conquistas dos profissionais da educação nos últimos anos, listando:
- Reajuste salarial de 18%, com a última parcela prevista para julho de 2025.
- Incorporação das gratificações (Gaped e Gase) ao vencimento básico.
- Revisão de benefícios, como auxílio-alimentação e saúde.
- Realização de concursos públicos e milhares de nomeações desde 2019.
Reivindicações dos professores
Por sua vez, o Sinpro-DF, que votou pela greve por tempo indeterminado em assembleia, justifica o movimento com as seguintes reivindicações:
- Reajuste de 19,8%.
- Reestruturação do plano de carreira.
- Diminuição do tempo para chegar ao topo da tabela salarial.
- Pagamento do dobro do percentual de titulação atualmente aplicado para professores ou orientadores educacionais com especialização (5%), mestrado (10%) e doutorado (15%) sobre o vencimento básico.
O sindicato alega que a categoria tenta negociar com o governo desde o início do ano, mas que, em 21 de maio, o Executivo local teria informado que não apresentaria qualquer proposta.
A decisão judicial marca um ponto crítico nas relações entre o GDF e os professores, com o futuro da paralisação e das negociações ainda incerto diante da imposição de uma multa expressiva e a declaração de ilegalidade da greve.
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Da Redação do Agenda Capital