Foto: Ricardo Stuckert / PR.

Analistas apontam que se o governo não conquistar parte desse segmento agora, enfrentará tarefa árdua nas eleições de 2026.

Por Delmo Menezes

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem buscando estratégias para se aproximar dos líderes evangélicos do país, reconhecendo a importância desse segmento em meio ao cenário político brasileiro. De acordo com assessores próximos ao presidente, Lula tem tomado medidas concretas nesse sentido, visando não somente o atual pleito para prefeitos e vereadores, mas também de olho nas eleições majoritárias de 2026.

Um dos movimentos mais recentes nessa direção é a aproximação com o presidente do Republicanos, deputado federal Marco Pereira, político ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo bispo Edir Macedo. Essa movimentação, entretanto, tem gerado repercussões, como a decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de deixar o Republicanos em busca de uma nova legenda, que possivelmente será o PL, pavimentando assim sua estratégia de disputar à Presidência da República em 2026.

O evento que ocorreu na Paulista no dia 25/02 não só mostrou a força dos bolsonaristas, como a enorme influência que o ex-presidente Bolsonaro mantém no segmento evangélico, e isto preocupa o Planalto, acendendo a luz amarela.

Com cerca de 55 milhões de evangélicos no Brasil, número que continua a crescer, é nítido o potencial desse eleitorado para influenciar os resultados eleitorais. Analistas políticos apontam que, se o governo não conquistar parte desse segmento agora, enfrentará uma tarefa ainda mais árdua nas eleições de 2026.

Pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira (8) revela uma queda na avaliação positiva do governo Lula, atingindo o índice de 33%. Esse é o pior resultado desde o início do governo e representa uma queda de 5% pontos em relação ao registrado em dezembro. Além disso, a parcela da população que avalia o governo como ruim ou péssimo oscilou de 30% para 32%.

Esses números têm gerado agitação dentro do núcleo duro do governo, que já ensaia uma reação no sentido de se aproximar dos evangélicos. Nomes estão sendo cogitados para assumir esse papel de liderança, o que certamente terá impacto imediato nas eleições deste ano e, consequentemente, nas eleições de 2026, tanto no Distrito Federal quanto nos demais estados da federação. Essa aproximação pode ser determinante para o sucesso eleitoral no futuro próximo.

Da Redação do Agenda Capital

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