Matança aconteceu na madrugada desta sexta-feira, 6, em Boa Vista, no maior presídio do Estado; governo diz que ‘possivelmente’ o PCC é autor da matança; nesta semana, 60 detentos foram mortos por facção rival em Manaus

BOA VISTA – Quatro dias após o massacre de 60 presos em prisões do Amazonas – a maior parte ligada à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) -, outra matança dentro de penitenciária foi registrada nesta sexta-feira, 6, desta vez em Boa Vista, capital de Roraima.

Segundo o governo do Estado, 33 detentos foram assassinados nesta madrugada, na Penitenciária Agrícola de Boa Vista (PAMC). A maioria das vítimas foi desmembrada, decapitada ou teve o coração arrancado. Os corpos foram jogados em um corredor que dá acesso às alas.

De acordo com informações do governo, os detentos quebraram os cadeados e invadiram a Ala 5, a cozinha e o cadeião, onde estavam os presos de menor periculosidade e mataram os detentos. Agentes penitenciários afirmam que não houve fugas.

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Tática (GIT) entraram na unidade pela manhã e, na sequência, equipes do Instituto Médico Legal (IML) iniciaram a remoção dos corpos. A penitenciária abriga cerca de 1.398 presos – o dobro da capacidade. Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2014, classificava de “péssimas” as condições do presídio.

Em entrevista à rádio BandNews, o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro Júnior, disse acreditar que os crimes tenham sido cometidos por membros do PCC. “Não existem facções de outras organizações criminosas no local (além do PCC)”,  afirmou Castro Júnior. Ele também afirmou que o Estado tem um projeto para abrir mais de mil vagas neste ano no sistema prisional.

Este é o terceiro maior massacre em presídios, em número de mortes, na história do Brasil, atrás apenas do ocorrido no Carandiru, em São Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos, e de Manaus, onde foram mortos 60 presos esta semana.

Da Redação com informações do Estadão

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