O general do Exército foi nomeado ministro interino da Saúde no começo de junho.
Por Andréia Sadi
As
críticas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes durante o
final de semana, afirmando que o Exército está se associando a um ‘genocídio’
por conta da condução do Ministério
da Saúde durante a pandemia do coronavírus, repercute nos bastidores
do governo.
Militares
voltaram a pressionar o general Eduardo Pazuello, ministro interino
da Saúde desde o
início de junho, a pedir reserva — assim como fez o general Luiz Eduardo
Ramos, ministro-chefe da Secretaria de governo, no começo do mês. Generais da
ativa querem se descolar da imagem de que há uma confusão entre o Exército e a
política. Mas, com Pazuello na ativa, a
estratégia é malsucedida. Segundo aliados de Bolsonaro, Pazuello já tinha sinalizado que pediria reserva no final do mês.
Com as críticas de
Gilmar, integrantes do governo defendem que Pazuello peça reserva
para blindar o Exército de críticas de que se mistura com a política.
As críticas de
Gilmar, no entanto, irritaram o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que
discute uma nova resposta ao ministro do STF. No fim de semana, o Ministério da
Defesa já havia respondido a Gilmar.
Ao blog, o
vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira (13) que críticas a
respeito da gestão do governo Bolsonaro na Saúde são ‘válidas’, mas que o termo usado pelo ministro do
STF Gilmar Mendes a respeito do Exército foi ‘fora do tom’.
‘Pode criticar a
gestão, ele está no direito dele. Mas os termos foram fora do tom, foi
infeliz’, disse o vice.
Com informações do G1