Ministro da Saúde Ricardo Barros em evento de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, na cidade de São Paulo. Foto: Agenda Capital.

Por Delmo Menezes

Em evento de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, realizado em São Paulo nos dias 29 e 30 de novembro, pesquisadores e estudiosos da área, receberam do Ministério da Saúde o reconhecimento pela relevância das pesquisas para a saúde pública do país.

O ministro Ricardo Barros destacou que o Brasil é o melhor ambiente do mundo para realização de pesquisas, registros de produtos, patentes e desenvolvimento tecnológico. De acordo com Barros, “estamos ainda muito distante, mas certamente poderemos alcançar em determinado momento”, disse.

Segundo Ricardo Barros, “investir em pesquisas significa investir em saúde. É isso que estamos fazendo, dando mais condições para que possamos ter produtos efetivos para a população. A tecnologia na saúde tem sido a solução para o aumento do acesso das pessoas a novos medicamentos e procedimentos. Estamos tratando de um grande desafio, que é permitir que os pesquisadores e empresários possam produzir essas funções tecnológicas para que todos nós possamos viver bem com os recursos que os SUS disponibiliza”, destacou o ministro.

Em entrevista exclusiva ao Agenda Capital em São Paulo, o ministro da Saúde Ricardo Barros, afirmou que o Brasil tem grandes desafios na área de pesquisas. Segundo Barros, “precisamos avançar ainda mais nos registro de patentes, registro de produtos, desenvolvimento e pesquisas clínicas”. Barros destacou que muita coisa precisa melhorar no Brasil. “O país precisa ser mais competitivo, dentro de um ambiente mais amigável para as pesquisas. Ainda assim temos obtido excelentes resultados, como a vacina da Zika que é o estudo mais adiantado no mundo. Temos excelentes pesquisadores, e a certeza de que vamos avançar e transformar o Brasil numa referência na área de desenvolvimento e pesquisa”, ressaltou Ricardo Barros.

De acordo com Barros, a premiação que o Ministério da Saúde está realizando, “reconhece as diversas pesquisas para importantes áreas de saúde pública. Estamos incentivando as pesquisas, principalmente para a produção de biológicos. Estas PDPS (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo) vão gerar 6 milhões em investimentos, 7.500 empregos qualificados e 450 pesquisadores brasileiros”, ressalta o ministro.

O ministro da Saúde destaca ainda, “que os laboratórios que só puderem vender para o governo não precisam existir. Ou você de fato desenvolve uma plataforma e consegue com que ela possa competir no mercado, ou melhor é comprar o produto no mercado com preços mais baixos. Temos que ser competitivos para fornecer não só para o Brasil como a outros países. O que eu tenho sempre dito, é que transferência de tecnologia é uma coisa, preço de produtos é outra coisa”, afirmou Ricardo Barros.

“Precisamos conciliar que o preço das novas tecnologias não seja um fator impeditivo para o seu desenvolvimento. Estamos tratando de um grande desafio, que é permitir que os pesquisadores e empresários possam produzir essas funções tecnológicas”, destacou Barros.

O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/MS), Renato Alves Teixeira Lima, destaca a importância deste evento na área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. De acordo com Renato Teixeira, “eventos como este, proporciona avanços científicos em temas emergentes da agenda de saúde, buscando a troca de conhecimento, o estímulo à inovação no país e a conexão entre resultados de pesquisas e a geração de soluções em saúde”, destaca o diretor.

“É necessário criar um ambiente favorável para que as pesquisas e produtos possam ser desenvolvidos e que favoreçam prontamente os usuários do SUS. Vamos avançar nessa direção para dar um salto qualitativo nas pesquisas e conseguir mais espaço para as inovações”, afirmou Fireman, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Ao todo, 522 projetos se inscreveram para concorrerem aos prêmios que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil em cinco categorias: trabalho científico publicado, tese de doutorado, dissertação de mestrado, produtos e inovação em saúde, experiência exitosa do programa pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde – PPSUS. Estas duas últimas são as novidades da edição deste ano do prêmio, além da participação do vencedor do Nobel de medicina de 1998, o pesquisador Ferid Murad.

Da Redação do Agenda Capital

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