Parte das mudanças que serão feitas afetarão os chamados delegados “insurgentes”, que são contra a gestão do diretor Eric Seba

Por Mirelle Pinheiro e Carlos Carone / Metrópoles

O clima esquentou nos bastidores da Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (30/3). Tudo porque o diretor-geral, delegado Eric Seba, está prestes a promover um troca-troca nos cargos de chefia da corporação. As mudanças foram comunicadas durante uma reunião ocorrida esta tarde entre Seba e os titulares das delegacias e devem ser anunciadas nos próximos dias.

O diretor decidiu trocar o comando de unidades circunscricionais e especializadas. Além disso, pretende extinguir a Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), que dará lugar a uma Delegacia de Combate a Crimes Cibernéticos.

O titular da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Marcelo Portela, está cotado para assumir uma das áreas da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e a Fraudes (Corf). Esta unidade policial deve ficar sob a batuta de Wisllei Salomão, atual chefe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Para ocupar o posto de Salomão, a mais cotada é a delegada Ana Cristina Santiago, que atualmente comanda a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM). No lugar dela deve entrar Sandra Gomes, que trabalha na assessoria do Departamento de Polícia Especializada (DPE).

O delegado Gilberto Maranhão deverá deixar o comando da Academia de Polícia Civil. O nome ventilado para ocupar a vaga dele é o atual chefe da 1ª DP (Asa Sul), Luiz Alexandre Gratão. A delegada-chefe da DCPIM, Mônica Ferreira, pode ser anunciada como a nova chefe da 6ª DP. Outros delegados, como Rodrigo Larizzatti (da 33ª DP em Santa Maria), Flamarion Vidal (4ª DP, no Guará) e Erito Cunha (30ª DP, em São Sebastião), também poderão perder o cargo de chefia.

Reunião
O Metrópoles apurou que Eric Seba reuniu-se com todos os delegados-chefes para anunciar as mudanças no fim da tarde desta quinta. Logo em seguida, foi ao Palácio do Buriti para que elas sejam publicadas no Diário Oficial do DF. A ideia é que os nomes constem no DODF desta sexta (31). A decisão movimentou os bastidores da corporação, já que parte da dança das cadeiras envolve os chamados delegados “insurgentes”, aqueles que são contra a gestão de Seba.

Uma guerra entre o diretor e um grupo de delegados foi declarada em 21 de outubro do ano passado, quando o DODF trouxe a exoneração de parte deles. A decisão provocou a reação imediata do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol). Na ocasião, a entidade fez uma manifestação no DPE. Um grupo chegou a entrar no gabinete de Seba para protestar.

À época, a publicação trouxe a exoneração de delegados importantes na estrutura da polícia, como a do então chefe do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC), Josué Ribeiro da Silva, responsável por coordenar todas as 34 delegacias espalhadas pelas cidades do DF. O policial perdeu o cargo por se posicionar ao lado de outros colegas que defendem a paridade salarial com a Polícia Federal e o aumento do efetivo na instituição.

Da Redação com informações do Metrópoles

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