Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, concede sua primeira entrevista coletiva à imprensa sobre assuntos relacionados à pasta (Wilson Dias/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Ricardo barros, recebeu nesta quarta-feira (1) a Ordem dos Médicos do Brasil e garantiu que não só ouvirá as entidades médicas, como pactuará suas decisões.

A Ordem dos Médicos do Brasil (OMB) destacou para o ministro que é fundamental uma visão global e integrada do sistema de saúde, a fim de garantir a eficiência do sistema, assim como otimizar recursos limitados. Ricardo Barros já anunciou que buscará ferramentas de sucesso implantadas nos estados e municípios que possam ser incorporados na gestão pública.

A entidade não aceita o acordo do Ministério da Saúde com a OPAS , e reivindicam maior participação das entidades médicas que incentive o profissional a ir para o interior, onde faltam profissionais, o que motivou a vinda dos médicos cubanos. A OMB pede ainda que o acordo deve ser interrompido imediatamente e todas as vagas dos médicos cubanos sejam preenchidas por médicos brasileiros nos próximos meses.

Outro assunto abordado durante a reunião, foi a questão do “Revalida”. A Ordem dos Médicos pede a obrigatoriedade do exame, para que estrangeiros atuem no Brasil. E são contra o convênio com a OPAS/CUBA.

Veja as principais reivindicações:

– Maior participação das entidades médicas em ações de planejamento de Saúde e em ações de atenção básica e Medicina Preventiva. Retorno da participação das entidades médicas de forma paritária nas comissões que dizem ao Ato Médico, como comissão de residência médica;
– Carreira de Estado para médicos vinculada ao Ministério da Saúde com remuneração e que incentive a interiorização, em similaridade com o que hoje ocorre na carreira jurídica;
– Obrigatoriedade a todos os médicos formados fora do Brasil de se submeterem ao “Revalida” para exercer a profissão no país, sem exceções;
– Garantir ao profissional médico a prerrogativa do diagnóstico, tratamento, prognóstico e procedimentos invasivos. Auditoria de procedimentos médicos sejam realizadas por médicos;
– Fim da abertura indiscriminada de escolas médicas, com avaliação dos cursos e exame de progressão ao final do segundo, quarto e sexto anos médicos e avaliação da Residência Médica;
– Atualização científica e econômica das tabelas do SUS ;
– Revisão do Programa “Mais Médicos” e da obrigatoriedade da Residência em Medicina de Família para outras especialidades.

O programa “Mais Médico” tem hoje mais de 16 mil médicos espalhados por todo o país, principalmente em áreas carentes, da região Norte e Nordeste, onde antes não possuía nenhum profissional para atender milhares de brasileiros, que necessitam de atendimento médico, principalmente na atenção primária.

Ricardo Barros, se resumiu a dizer que vai buscar ferramentas nos Estados que possam ser incorporados na gestão.

Da Redação do Agenda Capital

2 COMENTÁRIOS

  1. Acredito que a questão do revalida tem de ser melhor considerado, tendo em vista que o ministério da saúde tem de saber qual a qualidade dos profissionais que estão atuando nos serviços de saúde, seja ele Publico, ou particular.
    Parabéns ao Agenda Capital pelos conteúdos abordados aqui, tem sido de muita relevância.

    • “Obrigatoriedade a todos os médicos formados fora do Brasil de se submeterem ao “Revalida” para exercer a profissão no país, sem exceções” ???
      Como se o Brasil tivesse as melhores escolas médicas do mundo. Ou seja um médico formado em “Harvard”, deve fazer o Revalida. A avaliação deve ser para todos “formados no exterior e no Brasil”, assim como faz a OAB com os advogados aqui formados. Se não for assim, esta bem claro que configura uma reserva de mercado, favorecendo as universidades privadas brasileiras.

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