Em geral os ataques também paralisam operações essenciais do negócio, como contas a pagar e receber.

Por Redação 

“Ransom” significa sequestro. E é exatamente isso que acontece. A vítima tem dados e sistemas sequestrados pelo atacante, que exige o pagamento de resgate em criptomoedas para restabelecer a normalidade. 

Na última quinta-feira, a Lojas Renner teve seu sistema de dados atacado por hackers, deixando o site da varejista fora do ar por um longo período. O ataque cibernético aconteceu através de um ransomware, um software usado por hackers para sequestrar dados de uma empresa ou pessoa e extorquir a vítima através de um pedido de resgate. No caso da Renner, o pagamento inicial exigido foi de US$ 1 bilhão.

O impacto desse tipo de ataque é devastador. Até sexta (20) à noite, o site da Renner estava fora do ar com a frase “estamos com uma indisponibilidade sistêmica e nosso time está trabalhando para normalizar o acesso”. Em geral os ataques também paralisam operações essenciais do negócio, como contas a pagar e receber. Por isso os criminosos tendem a pedir valores gigantescos para devolver os dados.

O ataque hacker que derrubou na semana passada o e-commerce da Renner acendeu um alerta para os riscos da cibersegurança no Brasil e uma possível “pandemia” de ransomware. Segundo a ISH Tecnologia, 13 mil empresas são atacadas mensalmente, sendo 57% com ataques do tipo ransomware – que pedem resgate em dinheiro às companhias. Em 2020, os valores cobrados pelos criminosos saltaram 82%, chegando a US$ 570 mil por ocorrência.

De acordo com o especialista Ronaldo Lemos. “o problema do ransomware é que ele se transformou em uma operação altamente profissionalizada. Existe até ‘call center’ disponível 24 horas para que a empresa possa tirar dúvidas com os atacantes sobre como pagar o resgate e até barganhar o preço. Para contê-los, são necessárias medidas de várias naturezas que envolvam o setor privado, público, a comunidade científica e, sobretudo, mais cooperação internacional.” 

Ransomware é um tipo de malware que restringe o acesso ao sistema infectado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em criptomoedas (como em um sequestro) para que o acesso possa ser restabelecido. Caso não ocorra o mesmo, arquivos podem ser perdidos e até mesmo publicados.

Da Redação do Agenda Capital 

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