Médicos pediatras da Secretaria de Saúde do DF, relatam o caos que é trabalhar nos hospitais, e afirmam que os problemas são recorrentes.

Por Delmo Menezes

Em reunião realizada no dia 24/10 na sede do Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico), os profissionais pediatras relatam que os problemas da categoria são recorrentes. De acordo com os servidores, pacientes graves que precisam de vaga em UTI continuam aguardando em detrimento de outros menos graves, houve diminuição do quadro de médicos por aposentadoria, demissão por falta de condições de trabalho, além do aumento do número de atendimentos sem ajuste no quadro de pessoal.

A coordenadora de pediatria da Secretaria de Saúde, Dra. Milen Costa, que esteve presente na reunião, confirma que as demandas da reunião anterior, realizada no mês de agosto, as quais foram encaminhadas, ainda não foram totalmente resolvidas.

Na reunião, os pediatras relataram falta de insumos, falta de leitos de Uti, dificuldade na remoção de pacientes, problemas de encaminhamento de uma regional para outra e insegurança para exercer a profissão.

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, dos 14 pediatras que foram chamados, apenas um foi enviado ao Hospital Materno infantil (HMIB). Os demais profissionais médicos pediatras aprovados em concurso público, não tomaram posse por diversos fatores.

Os médicos do HMIB reivindicaram segurança 24 h, pois constantemente estão sendo ameaçados. A resposta de requisição enviada à Secretaria de Segurança Pública é “que não tem contingente para montar posto policial no HMIB”.

Sobre as vagas na UTI, Segundo a gestão, “é difícil ter leito reserva e esses leitos devem estar sempre rodando”. Mas, uma solução que pode ser possível é o “home care”. Temos 40 pacientes sendo beneficiados, explica a SES.

De acordo com a Secretaria de Saúde, em relação a classificação verde no HMIB, a proposta que pode ser aceita “é de deixar o Hran aberto para atender a classificação verde (pacientes menos graves) no pronto-atendimento e passar um pouco da equipe do HMIB para ajudar o Hospital Regional da Asa Norte”. O HMIB ficaria com pacientes classificados como amarelos (risco de morte)  e vermelhos (risco iminente de morte).

Relato dos médicos

O relato dos profissionais médicos não são nada animadores. De acordo com esses profissionais, a classificação de risco continua não funcionando; Há filas de espera de quatro a oito horas para atendimento de paciente com escabiose; Pacientes graves que precisam de vaga em UTI, continuam aguardando em detrimento de outros menos graves; Houve diminuição de médicos por aposentadoria e demissão por falta de condições de trabalho; As 100 horas destinadas ao HMIB são insuficientes e o hospital continua sobrecarregado; Falta aparelho de encefalograma; A falta de segurança continua, com ameaças constantes feitas por acompanhantes de pacientes. Recentemente, um deles entrou armado na unidade ameaçando médicos e enfermeiros; Faltam antibióticos, aparelho de medir pressão e até termômetro; Os problemas de remoção também continuam.

Participaram da reunião, Gutemberg Fialho (Presidente do Sindmédico), José Márcio (Cúria Metropolitana), Celestino Chupel (Defensoria Pública de Saúde do DF) Kênia Amaral (OAB) e Milen Costa (Coordenadora de Pediatria da Secretaria de Saúde do DF).

Todos os presentes na reunião, se comprometeram a fazer uma visita, in loco, para verificar a situação e elaborar propostas de solução real para os problemas existentes.

Da Redação do Agenda Capital

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